Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Luzza, Daiana |
Orientador(a): |
Luz, Mary Neiva Surdi da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos
|
Departamento: |
Campus Chapecó
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/758
|
Resumo: |
O presente trabalho tem por objetivo compreender o funcionamento discursivo das orientações dirigidas ao professor em livros didáticos, tomando por base teóricometodológica a Análise de Discurso (AD), de vertente pecheutiana, em diálogo com a História das Ideias Linguísticas no Brasil (HIL). Para isso, delimitamos como corpus as orientações que se apresentam, em seções de leitura, em livros didáticos, de língua portuguesa, da coleção Projeto Teláris. Escolhemos trabalhar com leitura porque nos incomodam os tantos dizeres sobre a incapacidade leitora dos alunos e definimos a coleção Projeto Teláris em virtude da sua significativa distribuição às escolas brasileiras. Compreendendo que o livro didático é um objeto histórico, buscamos, sobretudo nas narrativas da HIL, os percursos de sentido produzidos ao longo do tempo para tal objeto empírico, locus do nosso objeto de análise, o discurso. Nossos movimentos de análise, mobilizando conceitos da AD, tais como formações imaginárias, formação discursiva, posição sujeito, condições de produção, interdiscurso e intradiscurso, refletem, principalmente, sobre as relações que se estabelecem entre formações imaginárias para/sobre o sujeito-aluno-leitor, o sujeito-professor e o livro didático nas discursividades. Entre essas relações, que constituem os sujeitos e suas práticas em sala de aula problematizadas neste trabalho, estão as relações de força, que se estabelecem entre o lugar social e discursivo do livro didático e do professor, os quais se manifestam, no funcionamento imaginário, significados como autoridade legitimada pela cientificidade e transmissor do conhecimento, respectivamente. Analisamos também, a partir das orientações dirigidas ao professor, o lugar do/para o aluno nas práticas de leitura, discutindo como isso (pode) funciona(r) como um processo de individuação do sujeito pelo Estado. |