Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Adamczyk, Guilherme Luís |
Orientador(a): |
Myskiw, Antonio Marcos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Campus Chapecó
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/2234
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Resumo: |
Entre o dia 31 de março e 1º de abril de 1964, é deflagrado o golpe civil-militar que tirou João Goulart da presidência da república do Brasil. Ainda nos primeiros momentos após a “revolução”, assim chamada pelos conspiradores, o governo iniciou o que seria uma prática recorrente durante o regime militar: perseguição, repressão e tortura. Tendo em mente a posição geográfica e estrategicamente importante do estado do Rio Grande do Sul, justamente por ser uma zona de fronteira, berço do trabalhismo e onde se encontravam muitos Grupos dos Onze, se teve uma grande atenção em relação a ele. Houve opositores ao governo militar em diversos pontos do país, não estando excluído deste cenário o norte do Rio Grande do Sul. Muita se fala que em cidades menores e no interior do Brasil não houve tanta repressão, no entanto, logo após o Golpe, começa a operar em Erechim Destacamento Volante da Brigada Militar, fazendo uma espécie de patrulha ideológica na região, prendendo e impondo maus tratos aos considerados subversivos. Os processos de indenização consultados no Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul nos permitiram ter acesso à memoria de ex-presos políticos, familiares e testemunhas dos fatos, sendo possível, juntamente com o cruzamento de estudos da historiografia sobre o tema, fazer uma análise daqueles acontecimentos, e deste modo construímos um retrato-narrativa do que foi o modusoperandi do Destacamento Volante enquanto responsável por identificar e reprimir qualquer suspeita de oposição ao Golpe A maior preocupação das forças policiais naquele momento eram os Grupos de Onze, e a atuação do Destacamento Volante da Brigada Militar, era sempre parecida: chegava nas residências intimidando os moradores, revistava toda a casa a procura de armas ou material considerado subversivo, prendia o acusado, além de humilhar e por vezes agredir o restante dos familiares. Após a prisão, nas delegacias ou nos presídios, aconteciam os interrogatórios a base de torturas físicas e psicológicas, em alguns casos durante alguns dias, em outros durante semanas. Após liberados, estes cidadãos deveriam se apresentar semanalmente às autoridades e assinar uma espécie de livro ponto e seguiam sendo vigiados por tempo indeterminado. |