Formação de professores e educação inclusiva: quais as experiências do curso de licenciatura em educação física da Universidade Federal Fluminense?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Amorim, Michelli Silva Sousa Agra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/16710
Resumo: A presente pesquisa trata de uma tese de doutorado em educação, cujo questionamento central foi: Para que a formação do professor assume prioridade face à urgência de se enfrentar a violência e a manifestação do preconceito na escola? Tendo como referencial teórico-metodológico, a Teoria Crítica da Sociedade, com base no pensamento de Theodor Adorno e seus comentadores contemporâneos, integra-se ao Projeto de Pesquisa ‘Violência escolar: discriminação, bullying e responsabilidade’, sob a coordenação nacional e internacional do Prof. Dr. José Leon Crochík, Universidade de São Paulo (USP), e sob a coordenação regional da Profa Dra Valdelúcia Alves da Costa (UFF). O objetivo deste estudo foi analisar a formação do professor de Educação Física no Curso de Licenciatura da Universidade Federal Fluminense/UFF, tendo como lócus o Instituto de Educação Física/IEF. Participaram da pesquisa, uma coordenadora, quatro docentes da disciplina ‘Pesquisa e Prática de Ensino’, onze professores egressos do curso e vinte e oito estudantes. Assim, se problematizou ‘a concepção de educação que o Projeto Pedagógico assume; a finalidade da Educação Física e as possibilidades da Educação Física Inclusiva’; e ainda se questionou ‘por que enfrentar os desafios da práxis, ao se considerar a Educação Física centrada no respeito e acolhimento à diversidade humana?’ Os resultados revelaram que urge se analisar e admitir a pseudoformação, para que seja possível o enfrentamento das causas sociais que geram atitudes de indiferença e de violência escolar contra estudantes com deficiência, considerados aprioristicamente inaptos à convivência e/ou mesmo à prática da educação física, quando essa é reduzida aos seus aspectos competitivos. Conclui-se esta tese, afirmando que as experiências do Curso de Licenciatura em Educação Física, por intermédio de aulas, eventos, projetos de extensão, interação entre professores e estudantes, abertura ao debate, grupos de estudos, reformulação curricular, luta por uma formação contra-hegemônica, atribuição de responsabilidade compartilhada entre professores, estudantes e demais profissionais da educação envolvidos na formação dos estudantes são molas propulsoras para uma educação ainda não experimentada em plenitude, mas desejada pelos participantes da pesquisa. Portanto, a formação do professor assume prioridade face à emergência de se enfrentar a violência e a manifestação do preconceito na escola, para que seja possível a conscientização de que os limites da formação são sociais e não humanos e que a educação faz sentido no atual estágio civilizatório, quando se volta para a resistência e para a possibilidade do desenvolvimento de indivíduos livres pensantes