Federalismo na Constituição de 1891: a Revolta de Princesa, guerra tributária, reforma administrativa e a reação oligárquica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Drude, Bruno Miguel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/32330
Resumo: O trabalho analisa o sistema constitucional de 1891 sob a perspectiva do modelo federalista adotado, enfocando subsistemas constitucionais, em especial o tributário e o eleitoral. A partir dos fatores históricos que desaguaram no modelo federalista de 1891, são estabelecidos aspirações ideológicas e interesses que confluíram num texto constitucional, por vezes, moldado para o atendimento de oligarquias regionais e, por outro, suscetível de interpretação e aplicação direcionada ao atendimento dos interesses das elites políticas e econômicas. Poucos anos depois de sua edição, o projeto oligárquico seria definitivamente implantado e o conteúdo conceitual dos institutos constitucionais ganharia amplitude ainda mais restritiva do que aquela concebida em 1890. Durante o desenvolvimento do trabalho, é demonstrado como os subsistemas constitucionais passaram a servir aos interesses das oligarquias, bem assim, as estruturas públicas federais e estaduais foram utilizadas para a manutenção do projeto oligárquico, a partir da Política dos Governadores e a Política do Café com Leite, ambas sustentadas, em suas bases, pelo Coronelismo. Para demonstrar a lógica de captura dos institutos constitucionais e instituições públicas, optou-se por paradigma que revela, em nível estadual, todo o percurso que a Primeira República observou em nível federal. A Revolta de Princesa possui precedentes que identificam a consolidação e manutenção da Política dos Governadores e do predomínio Oligárquico no âmbito estadual, bem assim, o movimento de compressão das minorias políticas e a resistência verticalizada à tentativa de desmonte da estrutura oligárquica a partir de sua base. O percurso dos eventos ocorridos no estado da Paraíba antes, durante e depois da Revolta de Princesa coincidem e/ou se relacionam diretamente com a cronologia de nascimento, desenvolvimento e ruptura do sistema constitucional de 1891.