O transe e as rupturas: o épico-didático na “Trilogia da Terra”, de Glauber Rocha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Figueira, Leonardo Corrêa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13646
Resumo: Esta dissertação para o Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS) da Universidade Federal Fluminense (UFF) visa abordar a filmografia selecionada do diretor do Cinema Novo, Glauber Rocha. Mais especificamente, o escopo desta dissertação diz respeito à proposta do cinema épico-didático do diretor que, no transcorrer de sua trajetória cinematográfica, ofereceu recorrentemente “rupturas”, que tanto adviriam do que se convencionou (segundo o próprio) qualificar como o “transe” do Terceiro Mundo (ou ainda, do mundo subdesenvolvido), quanto a ele fariam frente. Desse modo, almeja estabelecer que, da mesma forma que o cinema épico-didático de Glauber Rocha advém do “transe” para se opor ao mesmo mediante constantes “rupturas” para com os ditames imperantes na cinematografia de seu tempo, ele também pode vir a ocupar o lugar de lócus de “novas formas de subjetividade” em Michel Foucault; e que, além disso, também apresenta um entendimento específico sobre o processo de produção e reprodução da subjetividade naquilo que diz respeito à arte, à obra de arte no âmago da modernidade capitalista. Assim sendo, analisa o período do Cinema Novo, com especial ênfase na filmografia de Glauber Rocha (sobretudo naquilo que concerne a sua “Trilogia da Terra”, ou seja, os filmes Deus e o Diabo na terra do sol, Terra em transe e A idade da Terra). Para se alcançar estes objetivos, também foram utilizadas partes das obras de Boaventura de Sousa Santos, Donna Haraway, Édouard Glissant, Judith Butler e de todo um conjunto de intelectuais latino-americanos da segunda metade do século XX (Enzo Faletto, Agustín Cueva, Mario Arrubla Yepes, Arturo Escobar, Ruy Mauro Marini e Aníbal Quijano), presentes na bibliografia selecionada. Logo, objetiva-se apreender, ao menos parcialmente, as imagens, as personagens, as alegorias, enfim, as narrativas contidas, sobretudo, em Deus e o Diabo na terra do sol, Terra em transe e A idade da Terra, a partir da ótica do cinema épico-didático, em uma associação com as ideias de “transe” e “ruptura” em Glauber Rocha