A ideologia do Estado penal: coerção e consenso na cobertura do Jornal Nacional sobre a intervenção federal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Fernanda Ramos da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/29215
Resumo: Esta pesquisa busca investigar a relação entre os aparelhos privados de hegemonia e o aparato coercitivo do Estado brasileiro, por meio de uma análise sobre a cobertura do Jornal Nacional a respeito da intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro em 2018. As edições que foram ao ar nos dias 16 a 22 de cada mês entre fevereiro e dezembro daquele ano foram estudadas a partir da Análise Televisual (BECKER, 2012) em articulação com a Análise Crítica do Discurso (FAIRCLOUGH, 2016) e com reflexões sobre Estado, ideologia, mídia e violência, vistos sob uma perspectiva marxista e gramsciana. Foi possível perceber um apoio inicial do telejornal à intervenção, que da metade para o final do ano foi substituído por críticas e denúncias sobre a sua ineficácia. Essas críticas, no entanto, não abordavam as causas da violência urbana ou a lógica da política de segurança empregada no estado e no país, apenas clamavam por mais investimento e ampliação do aparato coercitivo do Estado brasileiro. Dessa maneira, a cobertura contribui para a hegemonia das classes dominantes no país através do fortalecimento do Estado penal em detrimento de uma modalidade de Estado que garanta direitos sociais aos pobres.