Implicações do fundamentalismo político-religioso nas eleições de 2019 no Conselho Tutelar de Nova Iguaçu-RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Cabral, Daniela Moreno Azevedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/32523
Resumo: A presente dissertação teve como objetivo principal analisar as implicações do fundamentalismo político-religioso na consolidação dos direitos sociais, adotando como objeto de pesquisa empírica as eleições do Conselho Tutelar do município de Nova Iguaçu, no ano de 2019. Partiu-se de uma abordagem qualitativa, aplicando entrevistas a conselheiros tutelares, conselheiros municipais dos direitos da criança e do adolescente e as lideranças religiosas que participaram de forma ativa no referido pleito daquele ano. O Conselho Tutelar é um espaço de participação popular na perspectiva de garantia e efetivação do controle social e do próprio exercício da cidadania, possibilitando que minorias sociais e religiosas participem das decisões públicas relativas às políticas sociais. Por seu caráter público e político, os conselhos tutelares tornaram-se um espaço de competição de grupos Políticos, religiosos e mesmo paramilitares. O contexto de crescimento de organizações pouco relacionadas com a proteção dos direitos da criança e do adolescente, contribui para uma associação polêmica entre política e religião nos referidos conselhos, resultando em insegurança de um grupo em detrimento de outros que defendem pautas retrógradas na política local. O avanço do movimento evangélico conservador nesse conselho significa uma das estratégias de hegemonia de uma frente política que conquistou o poder em diversas esferas políticas, em especial a partir das eleições presidenciais de 2018.