Releitura do mito de Babel: a poética do inacabamento no romance Nous avons tous découvert l’Amérique, de Francine Noël

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Ana Teresa Barbosa dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24921
Resumo: Nesta dissertação, o inacabamento é analisado como processo constitutivo do romance Nous avons tous découvert l’Amérique, da escritora quebequense Francine Noël (1992), seja em sua estrutura (graças à escolha do diário íntimo), seja em seu enredo. O mito de Babel é representado metaforicamente pelos diversos idiomas, etnias e culturas que coabitam na cidade cosmopolita de Montreal. O texto leva em conta a ressignificação positiva desta narrativa numa época na qual se valorizam a heterogeneidade, a multiplicidade linguística e a tradutibilidade. Se o texto bíblico foi interpretado, ao longo dos séculos, como inacabamento, confusão e dispersão das línguas, o romance de Noël prioriza a agregação dos povos, das culturas e das tradições A partir das reflexões de Paul Zumthor, Catherine Khordoc, Sherry Simon, Jacques Derrida, Lise Gauvin, entre outros, a leitura do mito de Babel é retomada sob vários aspectos, como a diversidade cultural, a surconscience linguistique, a hibridação, a experiência exílica, as práticas urbanas, a hospitalidade e a tradução.