Empresas brasileiras não nascem inclusivas, tornam-se inclusivas: avanços e desafios na adaptação e implantação de programas de inclusão da população LGBTQIA+ nas organizações

• Ano de defesa: 2025
• Autor(a) principal: Almeida, Neide Lúcia de Oliveira
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Diversidade e inclusão; População LGBTQIA+; Organizações brasileiras; Grupos minorizados; Heteronormatividade; Homofobia; Gestão sustentável; Minoria sexual; Diversidade no local de trabalho; Responsabilidade social da empresa; Diversity and inclusion; LGBTQIA+ population; Brazilian organizations; Minority groups; Heteronormativity; Homophobia; Sustainable management
• Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/36072

A constatação de que o brasileiro vem se mostrando mais radical em seu posicionamento e atitudes homotransfóbicas, fazendo o país figurar dentre os mais violentos do mundo, deflagrou o desejo de mergulhar no estudo do tema Diversidade e Inclusão (D&I) nas organizações, investigar os avanços obtidos e os desafios enfrentados pelos gestores ao assumirem responsabilidades na adaptação e implantação de programas de inclusão e de garantia dos direitos, aceitação e integração desses atores fragilizados e invisibilizados. Levando-se em consideração o momento político por que passa o país, constatar que, contrariando as expectativas, a ascensão da extrema-direita ao poder, com seu notório discurso heteronormativo e homofóbico, acabou, em reação, fortalecendo a pauta da diversidade e inclusão nas organizações brasileiras é uma das conclusões que emergem da ida ao campo, onde 12 entrevistas foram realizadas para esta tese de natureza qualitativa, que utilizou a Teoria Fundamentada em Dados como estratégia metodológica. Dividida em cinco capítulos, o objetivo geral desta pesquisa foi verificar a impressão de que, apesar das empresas brasileiras não terem nascido inclusivas, elas estão se tornando inclusivas, a partir da assimilação de modelos importados de países desenvolvidos, onde práticas e literatura são mais antigas e avançadas, ainda que nem sempre sejam adequadas às especificidades nacionais. A elaboração de um esquema de representação dos fluxos experimentados pelas empresas, no processo de transformação de suas práticas ligadas à D&I, confirma que o objetivo foi atingido. Outras análises permitem concluir que a sub-representação da população LGBTQIA+ nas organizações é reflexo da realidade social; que o protagonismo dos movimentos civis e dos aliados são fundamentais para a garantia dos direitos e representatividade desses indivíduos e que a oferta de disciplinas e estímulo à produção e publicação de artigos acadêmicos contribuem para a disseminação das melhores práticas de Gestão sobre D&I nas organizações.