Padrões eletroencefalográficos de vigília e sono em crianças com infecção congênita confirmada ou provável pelo vírus zika: análise por faixa etária dos três primeiros anos de vida
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/12753 http://dx.doi.org/10.22409/PPGCM.2019.d.10017159776 |
Resumo: | Objetivos: descrever os padrões eletroencefalográficos em vigília e sono em diferentes faixas etárias de crianças com síndrome congênita pelo vírus Zika (SCZ), e correlacionar estes padrões com dados da história clínica. Métodos: Exames de 106 casos, com idade entre 2 e 40 meses, foram analisados em relação a organização da atividade de base, padrão irritativo e maturação da vigília e do sono. Os casos foram divididos em três grupos de acordo com sua faixa etária, Grupo 1: 2 a 4 meses, grupo 2 de 5 a 12 meses e grupo 3 acima de 12 meses. Os resultados foram analisados no intuito de verificar correlação entre os padrões de eletroencefalograma (EEG) e a faixa etária, assim como para verificar relação entre os achados eletroencefalográficas e história clínica dos pacientes. Resultados: Foram encontrados os seguintes padrões de atividade de base: padrão organizado (39,6%), padrão desorganizado apenas por imaturidade dos ritmos fisiológicos de vigília e/ou sono (20,8%), padrão lentificado (11,3%), padrão descontínuo (9,4%), padrão rítmico (5,7%), padrão hipsarrítmico (6,6%), padrão de baixa amplitude (3,8%) e padrão assimétrico (2,8%). No grupo 1, não foram verificados os padrões rítmicos e hipsarrítmico, enquanto que no grupo 3 não foram identificados os padrões descontínuo e de baixa amplitude, entre estes o padrão rítmico foi o único que apresentou relação com a faixa etária. A taxa de maturação da vigília e do sono e o padrão irritativo não apresentaram relação com a faixa etária. peso ao nascer; Perímetro encefálico ao nascimento, espasmos epilépticos, número de drogas antiepilépticas utilizadas, presença de atividade irritativa, presença de critérios clínicos específicos e presença de dois ou mais critérios de neuroimagem apresentaram relação com o grau de organização da atividade de base. Quarenta e um pacientes apresentaram história clínica de espasmos sem evidencia de hipsarritmia, em um ou mais EEGs, estes casos podem representar uma entidade eletroclínica descrita como Espasmos sem hipsarritmia. Conclusões: a maioria dos padrões de EEG associados a SCZ pode ser encontrado em diferentes faixas etárias tendo relação com variáveis clínicas como o grau de microcefalia e achados no exame de neuroimagem. O padrão rítmico é o único padrão que tem relação com a faixa etária, sendo mais comumente encontrado após 12 meses. A taxa de maturação de vigília e sono, tende a se manter constante entre 2 e 40 meses; Espasmos epilépticos sem hipsarritmia podem ser encontrados em crianças com infecção congênita pelo vírus Zika |