Avaliação da eficiência de vacinas comerciais para o controle da leptospirose em caninos naturalmente infectados
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/23649 http://dx.doi.org/10.22409/MPV-CV.2021.d.74182269004 |
Resumo: | A leptospirose é uma zoonose infectocontagiosa determinada por bactérias do gênero Leptospira sp. que acomete animais domésticos, selvagens e seres humanos. Um fator muito importante em relação à vacinação dos cães contra a leptospirose é a proteção a longo prazo que as vacinas devem conferir, contra o estado de portador renal. Esta proteção é especialmente importante porque cães podem carrear leptospiras na urina e disseminá-las de forma intermitente, tornando-se uma ameaça à saúde pública. Considerando que a principal forma de prevenção da leptospirose em cães é a vacinação e as limitações existentes em sua utilização, este trabalho teve por objetivo avaliar as respostas pós-vacinais em cães naturalmente expostos a infecção, quanto i) a intensidade da resposta humoral, ii) a duração da resposta humoral, iii) se IgG foi produzida, iv) se os anticorpos eram neutralizantes; iv) se os anticorpos poderiam prevenir a colonização e eliminação renal. Um total de 118 cães soronegativos e PCR-negativos, sem sintomas aparentes de leptospirose, não vacinados há 12 meses e exames de sangue normais, foram incluídos no estudo. Todos os cães foram monitorados e avaliados por 365 dias. Os cães foram divididos randomicamente em grupo A (cães vacinados, n = 94) e Grupo B cães não-vacinados (grupo controle, n = 24). O grupo A foi subdividido em três grupos, Grupo A1 composto por 32 cães imunizados com a vacina 1, Grupo A2 composto por 32 cães imunizados com a vacina 2 e Grupo A3 composto por 30 cães imunizados com a vacina 3. Amostras de sangue foram coletadas para teste de aglutinação microscópica (MAT), ELISA e teste de inibição de crescimento (TICL), e urina para PCR.A coleta de sangue foi realizada em todos os cães também nos dias D15, D30, D60, D90, D120, D150, D180, D210, D270 e D365. As coletas de urina também foram realizadas nos dias D90, D180, D270 e D365.A sororreatividade aumentou rapidamente no D15 e, independentemente da marca da vacina, permaneceu elevada até D180 (p <0,05; OD2,6), com aumento na IgG após D30. Anticorpos neutralizantes anti-Leptospira foram detectados no D30. Com relação à liberação de DNA de leptospiras,46,8% dos animais do Grupo A foram PCR-positivos ao menos uma vez no estudo, em contraste com 75% de positividade no grupo B (p<0,05), independentemente da marca da vacina. Os resultados indicam que cães podem atuar como carreadores de leptospiras, apesar da profilaxia com vacinas comerciais. No entanto, uma redução significativa foi observada nos animais vacinados, indicando uma proteção parcial contra a colonização renal. Os cães são de grande importância na dinâmica de transmissão da leptospirose, pois além de adoecerem, podem se tornar carreadores assintomáticos de leptospiras. Portanto, a vacinação de cães é extremamente importante como medida de controle da leptospirose canina |