Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Guilherme Eduardo da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/6393
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Resumo: |
Introdução. O fenômeno da resistência antimicrobiana é um desafio global de saúde pública, apresentando um crescimento vertiginoso pelo uso inadequado dos antimicrobianos em todo o mundo. Infecções causadas por microrganismos multirresistentes conferem pior prognóstico, aumentando a morbidade e mortalidade dos pacientes e aumento dos custos do sistema de saúde (SUS). Torna-se necessário estimular o uso racional de antimicrobianos e idealizar estratégias no controle da resistência bacteriana no ambiente hospitalar, principalmente em unidades de terapia intensiva (UTI). Objetivo. Descrever o padrão de uso dos antimicrobianos na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Estadual Getúlio Vargas estabelecendo uma correlação com a microbiota isolada nos espécimes clínicos enviados para cultura e o desfecho clínico dos pacientes Métodos. Estudo descritivo dos padrões de uso de antimicrobianos, que utilizará como ferramenta de avaliação a coleta de dados dos prontuários dos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Estadual Getúlio Vargas, durante o período de dezembro de 2009 a dezembro de 2011. Resultados. De um total de 369 pacientes inicialmente admitidos na UTI, 165 preencheram os critérios de inclusão. Homens representaram 69,7%, sendo a mediana de idade de 47 anos. A enfermidade mais prevalente na admissão foi o acidente vascular cerebral com 41% e a comorbidade mais prevalente, a hipertensão arterial sistêmica com 67%. Secreção traqueal foi o espécime mais coletado para as primeiras amostras com 46%. Os germes Gram-negativos representaram 76% dos isolados nas primeiras amostras coletadas. O grupo das cefalosporinas foi o mais prescrito, seguido das penicilinas associadas aos inibidores de β-lactamases. Exposição a um regime antimicrobiano prévio não teve influência sobre o perfil de resistência dos microrganismos isolados nas primeiras amostras. O acerto na cobertura do primeiro esquema antimicrobiano prescrito analisado segundo o diagnóstico de admissão, nos casos de insuficiência respiratória aguda foi de 100%. Nos casos de sepse, foi encontrado inadequação do regime antimicrobiano inicial em todos os casos incluídos neste estudo. Conclusões. O estudo encontrou maior prevalência de uso de drogas do grupo das cefalosporinas no primeiro regime antimicrobiano instituído. O perfil de multirresistência estava presente nos microrganismos mais associados com infecções relacionadas com a assistência em saúde, com ênfase no Acinetobacter baumannii. No geral, a cobertura antimicrobiana empírica foi eficaz em 42% dos casos em que houve isolamento do agente infeccioso. O escore APACHE II, a troca do regime antimicrobiano em menos de 96 horas e a elevação na proteína c-reativa foram independentemente associados com mortalidade na unidade de terapia intensiva |