Negócios e negociantes lusitanos: o comércio dos portugueses em Belém nos meados do oitocentos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Sales, Mábia Aline Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13889
Resumo: A presente tese tem por objetivo analisar o comércio dos portugueses em Belém nos meados do século XIX. Esse período apresenta uma dinâmica comercial acentuada marcada pela inserção dos imigrantes/negociantes portugueses que, desde o final do século XVIII, movimentavam a economia do Pará, mesmo em momentos conturbados como a abertura dos portos em 1808, o processo de independência em 1823 e a Cabanagem de 1835. Nesse contexto, os comerciantes de grosso trato ultrapassaram as intempéries pontuais e experimentaram o reflorescimento do comércio que iniciou logo após os legalistas retomarem o poder e se acentuou à medida que se distanciavam os anos da revolta cabana. Assim, buscou-se analisar as inúmeras possibilidades de atuação dos negociantes lusitanos no comércio, considerando que além do comércio havia uma rede de sociabilidades – a participação em ações de benevolências, a inserção na Santa Casa de misericórdia, no Grêmio Literário Português e a obtenção de títulos nobiliárquicos -, além das redes familiares, parentais, nas quais o negociante português buscava alcançar inclusão e prestígio social. Para alcançar tal distinção na hierarquia social era preciso atuar como agentes mercantis, vender, comprar, emprestar e diversificar seus investimentos. Com base nos registros de passaportes de migrantes portugueses, em registros das navegações portuguesas e nas matrículas no Tribunal de Comércio, escrituras públicas e inventários post-mortem, buscou-se mapear muitos aspectos que fizeram dos negociantes portugueses um grupo importante na Belém do oitocentos.