Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Guedes, Wallace Andrioli |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/28692
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Resumo: |
O objetivo desta pesquisa é colocar em destaque as relações estabelecidas entre dois dois principais movimentos artístico-culturais do Brasil da década de 1960, o Cinema Novo e o Tropicalismo, a partir de análise do filme Macunaíma, adaptação da rapsódia modernista de Mário de Andrade realizada pelo cineasta carioca Joaquim Pedro de Andrade em 1969. Macunaíma-filme foi taxado, desde seu lançamento, como exemplo máximo de “cinema tropicalista”, expoente de uma nova fase do Cinema Novo que dialogava com o movimento que surgira, há pouco, na música com Caetano Veloso, Gilberto Gil e outros. E foi sob esse rótulo que o filme de Joaquim Pedro passou à história do cinema brasileiro. No presente texto, busco problematizar a classificação de Macunaíma enquanto “filme tropicalista”, a partir da compreensão, num primeiro momento, dos dois movimentos artísticos aqui discutidos. Nesse sentido, são retomados os debates internos ao Cinema Novo, suas diversas “fases” e a atuação intelectual de seus principais nomes, dentre eles, Joaquim Pedro de Andrade. Também lanço olhar para os confrontos entre tropicalistas e artistas nacionalistas, para a descoberta do pensamento de Oswald de Andrade por Caetano, Gil e, a partir deles, por toda uma cena artística brasileira do período, e para os significados múltiplos do movimento tropicalista e suas ramificações para além da música popular. Dou, entretanto, devido destaque à discussão em torno do já citado pensamento oswaldiano, particularmente no que concerne ao seu conceito de antropofagia: é a representação ou citação do ato canibal – presente tanto nas canções e no procedimento tropicalista quanto no filme Macunaíma (e também em outros filmes do período) – uma das responsáveis por esta aproximação estabelecida entre a obra mais célebre de Joaquim Pedro e o Tropicalismo. Realizo, então, discussão acerca da antropofagia, no intuito de compreender suas nuances no tempo, e as diferentes possibilidades de apropriação deste conceito. A compreensão de que podem existir diferentes antropofagias é fundamental para o objetivo primordial deste trabalho: relativizar a relação entre o filme Macunaíma (e, de forma mais ampla, o Cinema Novo brasileiro) e o movimento tropicalista. |