Territórios corporativos e territórios de vida: entre a produção da não-existência e a emergência das r-existências no caso TKCSA em Santa Cruz (Rio de Janeiro-RJ)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Damas, Thiago Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28993
Resumo: Em busca de compreender a situação da Baía de Sepetiba, que vêm sendo concebida como uma Zona de Sacrifício no Rio de Janeiro, buscamos explorar os conflitos territoriais que envolvem grandes projetos de desenvolvimento e comunidades locais no entorno da baía. Tomamos como referencial empírico um projeto de grande envergadura: A Companhia Siderúrgica do Atlântico do grupo ThyssenKrupp (TKCSA) que fica no bairro de Santa Cruz, Zona Oeste do município do Rio de Janeiro. Os conflitos territoriais envolvendo pescadores, pescadoras, moradores e moradoras de Santa Cruz no caso TKCSA nos revelaram uma série de impactos negativos no ecossistema da Baía de Sepetiba e mecanismos de dominação que nos permitem lançar mão de uma totalidade explicativa para definir um certo padrão de territorialização corporativa em projetos de grande envergadura que envolve: racismo ambiental/danos à saúde coletiva; espoliação/regimes de desapropriação; contenções; intimidação, cooptação e criminalização da resistência. Os conflitos também nos permitem enxergar as possibilidades que se abrem nos diversos repertórios de ações coletivas, articulações e mobilizações dos sujeitos em luta, que deslocam a perspectiva hegemônica do progresso e do desenvolvimento para o prisma sensível das comunidades locais, povos tradicionais, moradores e moradoras de periferias, das mulheres, dos negros e nos coloca dois horizontes antagônicos em disputa: territórios corporativos e territórios de vida.