O macaco, a banana e o preconceito racial: um estudo da metáfora no discurso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Mendes, Lúcia Donato da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3568
Resumo: Recorrentes casos de racismo envolvendo a expressão “macaco” e, metonimicamente, ao expressão “banana” têm acontecido na sociedade contemporânea. Visto que nos dois casos há relações metafóricas envolvidas na produção de sentidos e em seus efeitos ideológicos, propomo-nos a pesquisar, sob o ponto de vista da Linguística Cognitiva, mais especificamente da Teoria da Metáfora Conceptual (LAKOFF; JOHNSON, 1980 [2002]), as representações da expressão “macaco” evocadas nesses contextos. Para a análise empírica, foram utilizadas ocorrências do termo “macaco” no website “Corpus do Português” para o estudo de possíveis mapeamentos observados nas projeções metafóricas. Após essa análise inicial, utilizamos, como segundo corpus, comentários de teor racista publicados em páginas de redes sociais. A partir da análise desses comentários, foram observados outros veículos metafóricos / metonímicos, além do animal macaco, como os relacionados à escravidão, ao cabelo crespo, a outros animais e a cor. Com base em Kövecses (2010), Charteris-Black (2005) e Goatly (2007), as questões culturais e ideológicas que surgiram da problematização desses usos metafóricos / metonímicos foram discutidas. Os resultados da análise e da discussão indicam que a questão preponderante na maioria dos veículos metafóricos / metonímicos encontrados diz respeito à escravidão e aos fatores sociais dela decorrentes