Modos de narrar, modos de revelar: representações do universo político em Numa e a Ninfa de Lima Barreto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rocha, Patrícia Bastos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3796
Resumo: Esta dissertação analisa, tendo como referência o legado teórico de Mikhail Bakhtin, os discursos presentes no romance Numa e a Ninfa, de Lima Barreto, publicado em 1915. A narrativa, um roman à clef, enfoca personagens envolvidos com o meio político, tais como deputados, senadores, jornalistas, militares, esposas, amantes, viúvas e agitadores populares, assentados em velhos hábitos, que a despeito da recém-fundada república, viviam em busca de benefícios particulares. Pensar sobre o escritor Lima Barreto nos evoca a questão da autoria; por sua vez, a noção do narrador de Numa e a Ninfa nos coloca em contato com a questão do autor-criador. Considerando as concepções de Bakhtin sobre o discurso literário, ao longo deste trabalho procedemos à análise do discurso do narrador e dos personagens do romance. Por fim, articulamos uma reflexão acerca da crítica irônica às ideologias que compunham as práticas sociais, entre as figurações ali retratadas. A ironia é então o modo de revelar a crítica que compõe a narrativa