As cenas da Modernidade em Diário do hospício, de Lima Barreto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Costa, Carolina Lauriano Soares da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/16591
Resumo: O presente trabalho investiga de que modo as cenas da modernidade estão configuradas em Diário do hospício, de Lima Barreto. O objetivo do trabalho é compreender de que modo a visão e o posicionamento do autor produzem a narrativa de Diário do Hospício, configurando a modernidade através da rememoração e da elaboração da paisagem. Nota-se que o posicionamento do escritor e o modo de compor suas narrativas foram discutidos por Antonio Candido e Antonio Arnoni Prado. Ambos os críticos problematizaram a relação entre a subjetividade e a visão do homem e da sociedade projetadas nos escritos do autor. Partindo dessas considerações, é possível verificar que a modernidade é representada em Diário do hospício através da sucessão de imagens, relacionadas à memória e às experiências atreladas à cidade do Rio de Janeiro, do início do século XX. Percebe-se que em Diário do hospício as camadas que constituem o sentido da modernidade apresentam-se na elaboração das imagens, na sobreposição do espaço e do tempo e na própria linguagem. Sendo assim, em Diário do hospício, a modernidade reside no encontro entre a linguagem e as imagens elaboradas através da visão e da percepção do narrador, resultando em uma atmosfera melancólica como sintoma da modernidade. Para o embasamento teórico acerca da modernidade, foram utilizados os estudos de Walter Benjamin, Jeanne Marie Gagnebin, Carmem Negreiros e outros autores