Ultrassonografia em modo B do fígado e modo doppler da veia porta de cadelas com neoplasia mamária submetidas a quimioterapia adjuvante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: PINA, Bianca Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24392
Resumo: As neoplasias mamárias em cadelas têm grande importância na rotina clínica de pequenos animais devido a sua elevada ocorrência. Em média 50% delas têm características de malignidade, o que faz com que a quimioterapia seja cada vez mais empregada. O uso da gencitabina associada a carboplatina é recomendado, mas apesar de auxiliarem na sobrevida do animal, também são agentes citotóxicos e podem ter efeitos secundários, como hepatotoxicidade. Detectar precocemente alterações morfológicas e hemodinâmicas hepáticas é fundamental para monitorar a resposta do paciente ao tratamento e para a manutenção do bem-estar dos animais. Desse modo, o objetivo deste estudo foi avaliar por meio da ultrassonografia em modo B e Doppler as alterações morfológicas e hemodinâmicas no fígado e na veia porta, respectivamente, de cadelas submetidas à quimioterapia adjuvante com gencitabina associada a carboplatina. Foram avaliadas 15 cadelas em três momentos (C0, C1 e C2), sendo o momento C0 o controle, realizado antes de iniciar a primeira sessão de quimioterapia; os momentos C1 e C2 foram realizados imediatamente antes da segunda e da terceira sessão de quimioterapia, respectivamente. Nos momentos preconizados (C0 a C2) foram feitos exames laboratoriais, como hemograma e bioquímica sérica. Os resultados mostraram que 33% (5/15) das cadelas apresentaram reações adversas aos fármacos, como diarreia, perda de apetite e vômitos. Apenas 20% (3/15) dos animais avaliados tiveram aumento gradual das enzimas hepáticas (ALT e FA), sem alterações significativas entre os ciclos (p>0,05). Na ultrassonografia em modo B foi encontrado aumento de ecogenicidade hepática em 27% (4/15) das cadelas no C1 e C2, ecotextura heterogênea em 13% (2/15) no C1 e C2 e dimensões hepáticas aumentadas em 20% (3/15) no C1 e C2. Não foram encontradas alterações na direção do fluxo ou nos parâmetros dopplervelocimétricos na veia porta das cadelas, nos ciclos avaliados, mesmo quando foram consideradas faixas de peso corpóreo. Concluiu-se que o protocolo com gencitabina e carboplatina não foi capaz de causar injúria hepática grave nos dois primeiros ciclos, no entanto, as alterações observadas no presente estudo sugerem que isto pode ocorrer nos tratamentos que adotem um número maior de ciclos. A ultrassonografia modo B e Doppler devem ser incluídas no monitoramento de animais submetidos ao protocolo com gencitabina e carboplatina por auxiliar na detecção precoce de alterações hepáticas.