Fantástico à brasileira: manifestações do fantástico no Brasil oitocentista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Niels, Karla Menezes Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9687
Resumo: Durante muito tempo, a literatura, que não era pautada no registro documental e na (re)duplicação de realidades foi, em certa medida, rechaçada pela crítica. Nesse sentido, o caminho aberto pela produção de cunho fantástico de Manuel Antônio Álvares de Azevedo teria sido obstruído pela ascendente literatura que seguia os moldes de um José de Alencar (cf. Gabrielli, 2004). Fora somente a partir das décadas de 1970 que começara um movimento de resgates de contos, novelas e romances de cunho mais imaginativo. Daí o surgimento de uma série de antologias e contos fantásticos que outrora estiveram esquecidos. Isso, somando-se à profusão de estudos acerca do gênero desde a década de 1970 com a publicação e tradução de estudos seminais como os de Tzvetan Todorov, Jean Bellemin-Nöel e Irene Bessière, aumentou o interesse pelo estudo de narrativas de cunho fantástico. É contínuo o crescimento do número de teses e dissertações que se dedicam a resgatar e analisar contos de autores canônicos (e não canônicos) que escreveram obras do gênero em causa. Se, de fato, houve uma produção de literatura fantástica que se deu à margem do cânone a partir da publicação de Noite na taverna, em 1855, que produção seria essa? Que características formais e temáticas assumiu? E que diálogo essa estabeleceu com a literatura fantástica que se produzia na Europa? O presente trabalho, a partir da análise de contos Álvares de Azevedo, Fagundes Varela, Machado de Assis, Aluísio Azevedo e Inglês de Souza, pretende debruçar-se sobre essas questões, tomando por base os estudos seminais acerca do fantástico