O processo de trabalho das equipes de atenção básica do Estado do Rio de Janeiro a partir das percepções dos profissionais e gestores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Martins, Débora da Silva Albani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8443
Resumo: A necessidade de potencializar o acesso aos serviços e cuidado em saúde implica numa melhor distribuição de profissionais e, em especial, os médicos, no âmbito da atenção básica. O Programa Mais Médicos (PMM) e o Programa de Melhoria ao Acesso e Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) foram instituídos pelo Ministérios da Saúde com a finalidade de ampliar o acesso dos usuários e a qualidade das ações de saúde, por mudanças na infraestrutura e processos de trabalho das unidades básicas, por exemplo, com a intenção de aprimorar a Política Nacional de Atenção Básica e reorientar o modo como se organiza o Sistema Único de Saúde (SUS). Esse estudo é descritivo com abordagem qualitativa com o objetivo de analisar as percepções de profissionais e gestores de unidades de básicas de saúde, em relação aos seus processos de trabalho na Atenção Básica. Foram obtidos e analisados dados primários, por meio de entrevistas semiestruturadas, com gestores e profissionais de saúde de 17 municípios nas nove regiões do Estado do Rio de Janeiro: Metropolitanas I e II, Serrana, Baía da Ilha Grande, Baixada Litorânea, Centro-Sul, Médio Paraíba, Norte e Noroeste. Dois municípios de cada região foram selecionados por serem o município sede da região de saúde ou o maior município da região e o município de menor população, desde que tivessem participado dos dois ciclos iniciais do PMAQ-AB e ao PMM. Essa pesquisa é parte de uma maior, intitulada “Efeitos do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica e do Programa Mais Médicos em municípios do Estado do Rio de Janeiro” ocorrida entre 2014 e 2015. Para cada município, foram selecionadas, por sorteio, três equipes que atendessem aos seguintes critérios: equipe que aderiu ao PMAQ-AB (1º e 2º ciclos); equipe que aderiu ao PMAQ-AB (1º e/ou 2º ciclos) e recebeu médicos do PMM e equipe que não aderiu ao PMAQ-AB e nem recebeu médicos do PMM. A partir das percepções dos atores entrevistados, constata-se que, com as mudanças instituídas nos processos de trabalho das equipes, a partir do PMAQ-AB e o PMMB, ampliou-se o acesso à população, criaram-se mais vínculos entre profissionais e usuários, além de cuidado produzido por equipes multiprofissionais com um olhar mais amplo e encaminhamento para as especialidades médicas, além de induzir à ida de médicos para regiões mais vulneráveis e distantes dos centros urbanos. Sua eficiência tende a favorecer prolongado cuidado a seus beneficiários, através da escuta, da visita domiciliar e da consequente construção de vínculo. No bojo dos dois programas, observou-se que a maioria dos municípios promoveram uma melhoria da infraestrutura e aumento de sua resolutividade. Conclui-se que o PMAQ-AB e o PMMB têm sido importantes estratégias para o fortalecimento da Atenção Básica; com indução do crescimento da cobertura por Estratégia da Saúde da Família e seu acesso