Interpretação sísmica e construção de um modelo tectono-estratigráfico do Campo de Búzios, Bacia de Santos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Macedo, Pedro Henrique Cunha de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/29044
Resumo: Os reservatórios carbonáticos do pré-sal brasileiro correspondem a um dos locais mais procurados na indústria para a exploração de óleo e gás devido à sua capacidade de produção. O Campo de Búzios, inserido no contexto geológico da Bacia de Santos, representa atualmente o segundo maior campo de produção do pré-sal brasileiro, caracterizado como destaque devido aos seus resultados em volume de produção. As empresas de óleo e gás estão frequentemente adquirindo novas informações sobre a geologia e as características de reservatórios, para melhorar seu entendimento e, consequentemente, otimizar os resultados da produção. Os dados sísmicos e de poços são comumente utilizados em conjunto como uma abordagem útil para compreender a história geológica e fornecer uma boa caracterização do reservatório. Neste trabalho, foi realizada a interpretação sísmica das principais discordâncias da seção do pré-sal do Campo de Búzios na Bacia de Santos, com o auxílio de atributos TecVA, cubo de coerência, local flatness e structural smoothing, além de informações provenientes de poços e mapas de isópacas para uma melhor compreensão das seções dos reservatórios. Para analisar as configurações geológicas e desenvolver o modelo geológico da área de estudo foram realizados os seguintes passos: (i) criação do projeto, carregamento dos dados e controle de qualidade; (ii) geração e análise de atributos sísmicos para a identificação e interpretação das terminações sísmicas, fácies sísmicas (debris, build-ups, plataforma carbonática e fundo de lago) e análise tectono estratigráfica; (iii) correlação poço-sísmica para controle durante a interpretação das principais discordâncias entre as unidades litoestratigráficas (embasamento econômico, Pré-Jiquiá, Pré-Alagoas, e Base do sal); (iv) interpretação sísmica de horizontes e falhas, utilizados como dados de entrada para a modelagem das superfícies e dos planos de falhas; (v) elaboração da arquitetura deposicional do Campo de Búzios, com o intuito de garantir a melhor compreensão das sismofácies e os efeitos do rifteamento relacionado ao embasamento local; (vi) construção de mapas de isópacas; e (vii) construção do modelo tectono estratigráfico. A definição da distribuição espacial das falhas permitiu verificar sua influência na geometria das sismofácies e realizar inferências sobre o comportamento tectônico e paleodeposicional das unidades carbonáticas do pré sal. Esta abordagem foi fundamental para o entendimento das diferentes espessuras das sequências deposicionais e a localização de feições paleodeposicionais, como build-ups e possíveis bancos de coquinas, permitindo assim a criação de um modelo tectono-estratigráfico conciso. Foi ainda possível estabelecer diferenças estruturais entre porções norte e sul do Campo de Búzios e delimitar um possível evento tectônico distinto na região noroeste do campo.