Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Rosilene |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/22461
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Resumo: |
Este estudo analisa a rota crítica percorrida por mulheres na cidade de São Paulo traçando os fatores que, na contemporaneidade, impulsionam ou obstaculizam o processo de buscar ajuda para romper com a situação de violência doméstica e familiar de gênero, principalmente em relação às respostas institucionais dos serviços da Rede Especializada no Atendimento às Mulheres em Situação de Violência. A partir de uma perspectiva interseccional e da assistência integral às mulheres como ação fundamental inscrita na Lei Maria da Penha (2006), na Política e no Pacto Nacional de Enfretamento à Violência contra as Mulheres (2011), a pesquisa discute as principais respostas recebidas pelas mulheres neste percurso. Para tanto, realizou-se pesquisa exploratória com levantamento bibliográfico e documental da temática. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com seis mulheres atendidas por um Centro Especializado da cidade de São Paulo. Constatou-se que a busca de ajuda pelas mulheres é precedida de uma longa vivência de violência, na qual fatores como medo, vergonha e ausência de condições financeiras se constituem em obstáculos para iniciar a rota logo que se deparam com as situações de violência. Em relação aos serviços, as respostas encontradas evidenciaram de um lado, a importância dos serviços especializados quando as mulheres decidem romper com a situação de violência ou estão em processo de construir esse sentido, se constituindo como facilitadores e impulsionadores para a continuidade da rota dessas mulheres. Por outro lado, as mulheres se deparam com barreiras significativas e pontos críticos, principalmente nos serviços de segurança pública e sistema de justiça, ocasionado pela implementação parcial das prerrogativas da Lei Maria da Penha, como a falta de formação continuada dos profissionais e ausência da competência híbrida dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar. Por fim, tem-se que a institucionalização do preceito da atenção integral ainda é um processo em construção, o que reflete diretamente nas respostas encontradas pelas mulheres. |