Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Vasconcelos, Dávilla Priscila Lima Barreto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/23834
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Resumo: |
A pesquisa tem como propósito refletir como a adoção das certificações ambientais impacta no processo de elaboração do projeto de arquitetura e na postura do arquiteto. Questiona ainda quais as consequências deste impacto no projeto e sugere a existência de um desencorajamento do pensamento criativo. Primeiramente, fundamentou-se em conceitos do Marketing Moderno para compreender os interesses acerca da sustentabilidade e identificou quem são os agentes envolvidos na dinâmica do mercado verde e seus papéis. Em seguida, trouxe breve abordagem das principais ferramentas de avaliação de sustentabilidade mais conhecidas no Brasil e abordou estudo que apresenta resultados tendenciosos e questiona a confiabilidade do Leadership in Energy Environmental Design (LEED). Ao analisar a dinâmica do mercado verde, classificou-se que as certificações são propagadoras do interesse pela construção sustentável e conferem credibilidade ao empreendimento, como diferencial competitivo. De acordo com esta dinâmica, o arquiteto é um parceiro de canal para sua disseminação entre agentes. A abordagem da pesquisa limitou-se ao projeto de casas, unidade que permite maior liberdade formal. Aprofundou-se na certificação ambiental recém lançada Referencial GBC Brasil Casa®, cujas informações foram obtidas em cursos e eventos do Green Building Council Bracil (GBC Brasil). Com base na bibliografia adotada, identificou quais os tipos de restrições que compõem o campo de problemas de um projeto de arquitetura. Esse campo, assim como o de soluções, não é exaurível, nem totalmente claro e é específico de cada situação. O processo de elaboração de projeto é complexo, multidisciplinar e subjetivo. A pesquisa também abordou as metodologias de Processo de Projeto Convencional e de Processo de Projeto Integrado (PPI) relacionada a projetos com metas de desempenho ambiental elevado. Com base nas referências adotadas, analisaram-se os processos de projeto de Acácio Gil Borsoi e Severiano Porto, anteriores às certificações, porém de adequação às condicionantes ambientais. Ambos equilibravam restrições e soluções de maneira específica para cada projeto e posicionavam-se como agentes propulsores do processo de elaboração. No panorama atual, analisou-se a aplicação do Referencial GBC Brasil Casa® num projeto elaborado pelo Studio MK27, o Catuçaba Ecovila. Identificaram-se restrições do projeto, vi soluções e a metodologia de processo de projeto adotada. A análise aponta dificuldade em atender a certificação sem perder qualidade espacial e que o processo de projeto foi confuso. Conclui-se que a certificação prioriza pouco o projeto de arquitetura, adota de forma parcial importantes metodologias que auxiliam a retroalimentação da sua elaboração e consiste num padrão uniforme. Ao desconsiderar as especificidades do projeto, desestimula a busca por soluções variadas – o pensamento criativo. Portanto, limita o ato de projetar e impacta consideravelmente no processo de elaboração do projeto de arquitetura. O arquiteto pode se tornar figurante do próprio processo e ter seu papel resumido a disseminador da certificação, parceiro de canal dentro da dinâmica de mercado. |