O DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO COMPUTACIONAL EM ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO COM DEFICIÊNCIA VISUAL: CONSTRUINDO CÓDIGOS E RESOLVENDO PROBLEMAS DE MATEMÁTICA ATRAVÉS DE UMA LINGUAGEM ALGORÍTMICA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Rezende, Sandro Miranda de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/36344
Resumo: Os avanços tecnológicos vêm implicando uma série de mudanças na organização econômica e cultural da sociedade, o que, em consequência, tem impacto nas dinâmicas que se dão no espaço escolar. Em um contexto histórico-social marcado pela cultura digital, a capacidade de lidar com novas tecnologias e de resolver problemas de forma criativa se torna essencial. Nesse cenário, o desenvolvimento de habilidades do pensamento computacional vem ganhando cada vez mais destaque no currículo escolar. É preciso, no entanto, que esta integração se dê de forma inclusiva, respeitando e valorizando as diferenças entre os estudantes. O objetivo desta pesquisa é analisar as potencialidades e limitações da utilização de uma linguagem algorítmica em português estruturado no desenvolvimento do pensamento computacional em estudantes com deficiência visual do Ensino Médio. Foi realizada uma pesquisa exploratória com abordagem qualitativa, conduzida junto a sete estudantes do Ensino Médio com deficiência visual de diferentes campi do Colégio Pedro II, instituição da rede federal de ensino no Rio de Janeiro. Para elaboração, condução e avaliação da sequência didática, utilizou-se como referencial metodológico os pressupostos da Engenharia Didática. De maneira complementar, foram feitas análise lexicográfica e análise de conteúdo das transcrições dos áudios dos encontros, com o objetivo de identificar padrões e realizar inferências a partir das falas dos participantes. Os resultados apontam que o uso de uma linguagem algorítmica baseada em português estruturado contribuiu para o desenvolvimento de habilidades do pensamento computacional entre os participantes. Por outro lado, fatores como uso do teclado, localização de elementos na tela do computador e uso do leitor de tela podem representar desafios no processo de construção dos códigos. Aspectos conceituais relacionados à sintaxe da linguagem algorítmica e à mobilização de conceitos matemáticos também devem ser considerados, assim como fatores relacionados à organização da sequência didática e às emoções manifestadas pelos estudantes. O estudo realizado contribui para a construção de cenários de aprendizagem inclusivos, onde estudantes videntes e não videntes podem trabalhar colaborativamente utilizando os mesmos recursos para a modelagem e resolução de situações-problema.