Anti-heróis de medo e incerteza: o protagonista jovem da década de 1950 e suas influências na contemporaneidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pone, Pedro Felipe Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11176
Resumo: O objetivo desta dissertação é discutir as atitudes dos protagonistas jovens da década de 1950, através dos romances The Catcher in the Rye (1951), de J.D. Salinger e On the Road (1957), de Jack Kerouac, tanto em relação aos seus contextos de publicação, quanto em relação à influência que suas leituras venham a ter tido nas gerações seguintes. Para tal, caracterizamos que Holden Caulfield (The Catcher in the Rye), Sal Paradise e Dean Moriarty (On the Road) são anti-heróis, em oposição ao modelo heroico construído na História estadunidense, através dos heróis trágicos e épicos clássicos e das reflexões sobre os discursos do Puritanismo, do Transcendentalismo e de desbravamento do Oeste. O herói estadunidense é um defensor das liberdades individuais, desde que estas não atrapalhem o sistema vigente; o anti-herói, contudo, confronta o sistema, consciente ou inconscientemente e, por isso pode ser reprimido. Por fim, investigaremos os traumas referentes à traição do Sonho Americano, contida nas promessas masculinas de estabilidade, que foram feitas às gerações posteriores à Segunda Guerra Mundial. Essa traição ocorreu a partir de eventos como a Guerra do Vietnã e o escândalo de Watergate e esses traumas fizeram com que o antiherói se reinventasse, tornando-se herói de si mesmo e agindo em favor dos próprios interesses, como o fazem Faunia Farley e Coleman Silk, personagens principais de The Human Stain (2000), de Philip Roth que, entendemos, simbolizam o novo rumo do antiherói na virada do século XX para o XXI