Análise da propaganda de medicamentos em farmácias comunitárias privadas do município de Niterói e da percepção do usuário sobre sua influência no consumo de medicamentos de venda livre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Patricky Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/5689
Resumo: A propaganda de medicamentos influencia diretamente os usuários quanto à decisão do medicamento a ser utilizado. Esta estratégia de marketing, muitas vezes, amplia os benefícios do uso e oculta os problemas relacionados à administração destas tecnologias. O objetivo deste trabalho foi verificar o atendimento da propaganda direcionada ao público leigo veiculada em farmácias comunitárias frente à RDC nº 96/2008. Além disso, investigou-se a percepção dos usuários sobre o impacto da propaganda na automedicação e se o descumprimento da legislação expôs o usuário a riscos. Entre janeiro e junho de 2016 foram visitadas 72 farmácias para o recolhimento de peças publicitárias e a realização de entrevistas com 384 usuários. Foram analisadas 379 peças inéditas. Para 97,7% dos entrevistados a propaganda de medicamentos exerceu alguma influência na escolha das pessoas e para 75% das pessoas que notaram a existência da propaganda dentro da farmácia, a mesma, exerceu influência em sua escolha. Cerca de 99,5% das peças publicitárias continham algum tipo de irregularidade com média de 5,1 irregularidades por peça. Os fármacos com ação no trato gastrointestinal (24,6%), os analgésicos e/ou antitérmicos (24,5%) e os polivitamínicos (22,8%) estão entre as classes de produtos que foram as mais propagandeadas e as que foram mais adquiridas por automedicação. Os resultados demonstram a necessidade de revisão da legislação e do atual modelo regulador, uma vez que, apesar da propaganda atingir e influenciar a grande maioria da população estudada, a qualidade das peças publicitárias permanece preocupante, permanecendo assim, como um risco sanitário, uma vez que as peças tendem a potencializar a prática da automedicação a partir da ocultação dos riscos e supervalorização dos benefícios partir de informações, muitas das vezes infundadas e inverídicas