Quando a arte imita a vida: feminicídio em Mulheres Empilhadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Vago, Natália Barbosa Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24857
Resumo: Diante dos casos de feminicídio no Brasil, este trabalho tem como objetivo compreender a representação da violência contra a mulher no romance brasileiro contemporâneo. Com propósitos específicos, analisa-se o papel da mulher na sociedade, perante a justiça e em situações de violência. O romance Mulheres Empilhadas, lançado no ano de 2019, da escritora Patrícia Melo, compõe o corpus desse trabalho. A assimetria entre homem e mulher em espaços públicos e privados, a misoginia em crimes de gênero e a relação entre literatura e realidade correspondem a algumas das categorias desse estudo. Como resultado, é possível inferir que a violência contra a mulher, elemento constitutivo para a obra, está ligada a casos de impunidade, desqualificação das vítimas e banalização dos crimes. Com isso, a narrativa denuncia o tratamento desigual oferecido pela lei para vítimas e criminosos, o machismo e o quanto a violência contra a mulher é democrática, pois não escolhe credo, cor ou classe social. Por fim, nota-se que a escritora paulista, que já se debruçou sobre a temática da violência urbana, faz uma profunda crítica à banalidade da violência contra a mulher na sociedade contemporânea.