Cadê a Escola que Estava Aqui? uma procura e alguns indícios de uma outra escola, colhidos através da leitura das histórias infantis
Ano de defesa: | 2004 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Fluminense
Programa de Pós-graduação em Educação Educação BR UFF |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/21037 |
Resumo: | Esta dissertação move-se por um desejo em forma de pergunta: onde há vida imaginativa, poética, política e pedagógica alargando e colorindo tijolos, tetos, muros e o próprio chão da escola? Percorrendo essa indagação, chegamos às histórias infantis que ecoam nas salas de aula e nas criações poéticas e patéticas dos alunos. Seus professores e suas secretas revelações vão se juntando a história da oralidade no Brasil e no mundo e a forte relação entre as histórias e a promoção da leitura. Nesta perspectiva, esta dissertação busca contribuir com movimentos instituintes, presentes também na escola, reconhecendo na apropriação das histórias infantis, um tipo de trabalho poético-lúdico que pode fecundar o fazer escolar cotidiano, com possibilidades políticas onde se definem formas de participação e exercícios de cidadania. Em outras palavras, importa-nos, através da identificação de histórias infantis por professores e estudantes, tornar mais audíveis e visíveis uma dimensão escolar ainda pouco reconhecida nos currículos oficiais: a da imaginação estética e criadora que se conjuga a das memórias de experiências vividas, representando um legado de muitas gerações, a pedir uma interlocução para fecundar na escola espaços para significados e desejos éticos em que individualidades e coletividades não sejam pólos antagônicos, mas interdependentes. Partimos de uma hipótese, em sentido amplo, de que muitos dos problemas que dificultam as aprendizagens escolares não poderão ser resolvidos direta e linearmente, mas precisam ser expostos aos silêncios e as metáforas com que são traduzidos ou aproximados nas histórias infantis e em suas narrações, alimentando desejos, esperanças de que também são feitos projetos de uma outra escola e outra sociedade. Seguindo esses passos, rememorei minha vida de estudante e a ela fui entrelaçando experiências de leitora, contadora de histórias e escritora, que sempre teve um fascínio pela educação de crianças e estudantes e um encantamento com os caminhos desse mundo. Os procedimentos metodológicos adotados foram: 1-Leitura e seleção dos contos referentes à escola e temas afins; 2-Registro de relatos de alunos de oficinas de leitura e contação de histórias, ministradas por mim em vários estados do Brasil; 3-Relatos de crianças,jovens e adultos sobre o papel da leitura e das histórias infantis na transformação da escola. Procurei com esta pesquisa não só reconhecer movimentos instituintes , mas também identificar entrelaces entre esses movimentos e a imaginação poética, política e pedagógica, presentes nas histórias revelando uma escola com professores apaixonantes e apaixonados. |