Quem Cuida da Criança Viada? Uma análise dos currículos médicos no âmbito da integralidade no cuidado em saúde da criança e do adolescente cisgêneros do sexo masculino na construção da sua homossexualidade e bissexualidade
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/22926 http://dx.doi.org/10.22409/PPGSC2019.m.110.73007626 |
Resumo: | Expressões de cunho LGBTQIA+fóbico fazem parte da vida de qualquer menino cujo comportamento fuja do que é esperado para uma criança do sexo masculino. Tais ofensas em traumas, dores e inseguranças, assim como atuam no desenvolvimento da personalidade e, consequentemente, da autoimagem desses sujeitos. Além disso, promovem a estigmatização desses indivíduos, estando diretamente relacionadas aos seus processos de adoecimento. Pode-se atribuir tais condutas agressivas para com sujeitos que possuem orientação sexual diversa do padrão heterossexual à existência de um sistema de oposições homólogas de dominação/submissão entre o masculino e o feminino, que reforça o comportamento heterocisnormativo na sociedade. Um dos mecanismos de controle e barragem dos comportamentos heterodesviantes consiste nas linhas de penetração infinitas na infância. Este trabalho foi realizado com o objetivo de discutir as abordagens dos temas da orientação sexual e, especialmente, das homo/bissexualidade masculina em consultas com crianças e adolescentes cisgênero durante o processo de formação médica. A pesquisa abarca análises quantitativa e qualitativa de 73,4% dos projetos pedagógicos dos cursos de Medicina das universidades federais brasileiras, acrescida de considerações autobiográficas do autor nos âmbitos de suas vidas pessoal e acadêmica. Verificou-se, nos projetos pedagógicos e nas ementas dos cursos, a presença ou a ausência dos seguintes descritores: sexualidade; orientação sexual; diversidade; família; integralidade, e determinação social do processo saúdedoença/ humanidades (DSPSD). Os resultados obtidos indicam que a insuficiência de propostas pedagógicas claras, que procurem debater a hegemonia heterocisnormativa em seus projetos pedagógicos, torna importante a disputa desse espaço de formação médica e de construção do currículo formal para que se alcance um cuidado da saúde mais consciente e acolhedor para com os indivíduos de orientação sexual diversa da que se considera padrão |