Extrema-direita, volver!: Memória, ideologia e política dos grupos formados por civis e militares da reserva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Santos, Eduardo Heleno de Jesus
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8203
Resumo: Esta pesquisa é um estudo exploratório e descritivo sobre grupos formados por militares da reserva e civis no período de redemocratização, em especial após 1988, ano de promulgação da nova Carta Magna. Estes grupos, cujo exemplo temos, dentre outros, o Guararapes, o Inconfidência, o Independente 31 de Março e o Ternuma são constituídos, em sua maioria, por oficiais e civis que participaram de alguma forma da quebra institucional do regime democrático em 31 de março de 1964. Estas entidades foram criadas para discutir e protestar contra o rumo que estavam tomando as Forças Armadas na Nova República. A insatisfação que motivou o surgimento destes grupos teve como origem diversos fatores, tais como a diminuição de prerrogativas militares, a dificuldade do governo em solucionar as crises políticas deflagradas por escândalos de corrupção, a diminuição do papel do Estado, as versões da imprensa sobre a memória do regime militar e um suposto avanço do comunismo no Brasil. De uma maneira geral, eles atuam produzindo cartas e manifestos, jornais, sites e eventos, no qual propagam suas concepções ideológicas de cunho nacionalista e anticomunista. Insere-se neste viés a premissa das Forças Armadas como instituição detentora da reserva moral da nação, principalmente nos momentos de crise. Nos períodos de turbulência política, alguns dos grupos pesquisados conseguiram chamar a atenção da mídia por pregarem, em manifestos e cartas apócrifas, o fechamento do Congresso, reavivando o fantasma de um novo golpe militar. Eles também chamaram a atenção da mídia quando foi iniciado o processo de revisão dos crimes ocorridos na ditadura, ao promover manifestos e difundir informações sobre os ex-militantes das organizações de esquerda com base nos arquivos dos serviços de inteligência. Através destes meios, eles procuraram não somente perpetuar sua visão sobre o que aconteceu no governo militar, evidenciando seu ressentimento e sua posição na batalha pela memória, mas fazer uma crítica ao governo, no tempo presente