A avaliação de desempenho na contramão da avaliação do trabalho e seus impactos nas vivências de prazer e sofrimento de servidores públicos federais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Maia, Cristiane do Vale
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3805
Resumo: Esta pesquisa discute as consequências dos modelos de avaliação de desempenho atuais para o indivíduo e apresenta as relações entre esses métodos de aferição de desempenho e a avaliação do trabalho, sob a ótica da Psicodinâmica do Trabalho. Como cenário para esta investigação, analisamos as vivências de prazer e sofrimento de servidores de uma instituição pública federal, que desenvolveu uma sistemática de avaliação de desempenho individual, para fins de pagamento de uma gratificação de desempenho relevante na remuneração destes servidores, a partir da instituição legal da mesma. Para atingir o seu objetivo e partindo de um referencial teórico crítico acerca da desvalorização do trabalho ao longo do pensamento administrativo, bem como dos pressupostos ideológicos neoliberais e gerencialistas que levaram à Reforma do Estado, o presente estudo utilizou-se de uma análise documental da legislação que instituiu a gratificação de desempenho para diversas carreiras da Administração Pública Federal e de entrevistas individuais e semi-estruturadas com servidores das duas principais diretorias finalísticas de uma dessas instituições. Os resultados apresentaram cinco núcleos de sentido, que indicam características de uma organização do trabalho tipicamente taylorista, além de uma avaliação revestida de aspectos altamente objetivos, caracterizada por um viés instrumental e produtivista, sem espaço para a subjetividade e, portanto, na contramão da avaliação do trabalho