Estudo transversal de soroprevalência de anticorpos contra os polivírus sorotipos 1 e 3 em pacientes HIV positivos do Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Silas de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11691
http://dx.doi.org/10.22409/PPGMN.2019.m.80095194720
Resumo: A Poliomielite encontra-se em fase final do processo de erradicação. Em regiões onde a doença já foi eliminada, é imprescindível a manutenção de altas taxas de cobertura vacinal para impedir a circulação dos Poliovírus (PV). Indivíduos portadores de imunodeficiência podem, potencialmente, apresentar respostas inadequadas à vacinação, permitindo assim a replicação e excreção continuada dos poliovirus para o meio ambiente. Neste contexto, o propósito deste estudo foi avaliar o perfil de imunidade humoral contra PV1 e PV3 em população HIV positivo em diferentes faixas etárias; conferir o desempenho da Vacina Oral para Poliovírus (VOP) em população de risco; bem como, verificar a influência dos níveis de células T CD4+ frente aos níveis de anticorpos anti-PV em pacientes HIV positivos. Para tanto, amostras séricas enviadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Rio de Janeiro Noel Nutels (LACEN/RJ) foram analisadas no Laboratório de Enterovírus da Fundação Oswaldo Cruz, por meio do ensaio de microneutralização e os títulos de anticorpos foram analisados frente à contagem de células T CD4 +obtida atravésda técnica decitometria de fluxo. Foram analisadas 353 amostras de pacientes na faixa etária entre 5 a 60 anos, procedentes de três mesorregiões do Rio de Janeiro, das quais 170 (47%) não tinham títulos protetores de anticorpos para um ou mais sorotipos de PV; 53 (14,9%) não apresentaram títulos de anticorpos protetores para os dois sorotipos; 37 (10,4%) não apresentavam títulos protetores para o PV1 e 80 (22,5%) para o PV3. Este estudo permitiu concluir que crianças com até 10 anos de idade e positivas para HIV encontram-se imunologicamente protegidas para PV1 e PV3; indivíduos HIV positivos acima dos 10 anos de idade apresentam baixa proteção imunológica para PV1 e PV3; a memória imunitária dos indivíduos vacinados com a VOP reduz significantemente a partir da faixa etária acima dos 10 anos de idade e, o nível de imunidade humoral não apresentou relação frente a imunidade celular mediante a contagem de células CD4+ na população estudada