Indicadores de pré natal na Baixada Litorânea do Estado do Rio de Janeiro: estudo temporal de 2000 a 2017

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Carvalho, Zenair Simião Barbosa de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23222
http://dx.doi.org/10.22409/PPGSC.2020.m.10282008705
Resumo: Objetivo: Descrever a tendência de utilização e a adequação do acesso ao pré-natal na região da Baixada Litorânea do estado do Rio de Janeiro no período de 2000 a 2017. Métodos: Foi realizado um estudo de série temporal abrangendo o período de 2000 a 2017, a partir de dados disponíveis na base do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Foram avaliadas as características sociodemográficas, reprodutivas e a assistência pré-natal. Utilizamos para adequação do acesso ao pré-natal um critério proposto pelo Ministério da Saúde, composto por número e mês de início de consultas, disponível no SINASC a partir de 2014. Para tendência temporal, foi realizada regressão logarítmica, pelo método joinpoint. A avaliação foi global e de acordo com as características sociodemográficas, tanto para a utilização como para o acesso. Resultados: O estudo mostrou algumas mudanças das características sociodemográficas maternas na Baixada Litorânea, com melhora discreta da escolaridade e redução de mães adolescentes. Quanto ao pré-natal, 60% das mulheres conseguiram realizar sete ou mais consultas em 2017, um pouco mais que em 2000. A tendência foi de aumento em dois períodos, entremeados por estabilidade. De 2007 a 2017, o aumento foi de apenas 1% ao ano, mais destacado nas mulheres mais velhas e de maior escolaridade. Houve desigualdades na utilização e acesso ao pré-natal. Para utilização, observaram-se diferenças na realização de sete ou mais consultas. Mulheres com baixa escolaridade (< 4 anos de estudo) representaram a categoria com pior desempenho, pouco mais de 1/3 atingiu este patamar de consultas. Mulheres brancas alcançaram praticamente 70%, enquanto pretas e pardas, apesar de aumento no período, tiveram menos que 60%. Adolescentes não chegaram a 50% deste patamar. Para adequação do acesso, tanto adolescentes como mulheres com menos de oito anos de estudo tiveram resultados desfavoráveis: quase 1/3 com classificação de pior desempenho e menos da metade atingindo o melhor desempenho. Quanto à cor da pele, pretas e pardas atingiram 50 e 56%, enquanto as brancas chegaram a 66,8% de adequação do acesso. Conclusão: Gestantes com menor escolaridade, com cor de pele preta/parda e adolescentes tiveram menor utilização e acesso ao pré-natal na Baixada Litorânea. As mudanças temporais têm sido pouco intensas no sentido de ampliar a adequação. São necessárias políticas públicas para tentar reduzir iniquidades na assistência pré-natal desta população