Efeito da prednisolona na linguagem de crianças com transtorno do espectro autista
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/11637 http://dx.doi.org/10.22409/PPN.2019.m.79504507700 |
Resumo: | FUNDAMENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA: A pesquisa buscou avaliar, de forma inédita, a linguagem e a função comunicativa de crianças diagnosticadas com o transtorno do espectro autista, contribuindo para a construção de novos paradigmas para se refletir a complexidade do tema. Trata-se de um transtorno com etiologia desconhecida até o momento, cujos dados epidemiológicos demonstram um considerável aumento da prevalência nos últimos anos. OBJETIVOS: Analisar a linguagem de crianças autistas e avaliar o efeito da prednisolona na melhora da sua função comunicativa comparado com o grupo placebo, em relação aos aspectos da linguagem receptiva, expressiva e pragmática. POPULAÇÃO E MÉTODOS: Estudo prospectivo - Ensaio clínico randomizado, duplocego e controlado com placebo, que avaliou 40 meninos de 3-7 anos de idade. Vinte participantes (idade mediana de 55,0 ± 13,7 meses) receberam placebo e 20 (idade mediana de 58,0 ± 12,3 meses) receberam prednisolona num protocolo prédeterminado. A avaliação da linguagem baseou-se em dois instrumentos brasileiros, ABFW-subitem pragmática e ADL, que foram aplicados em quatro momentos distintos (antes do ensaio clínico, 2º e 6º mês de uso de medicação-teste e seis meses após o término da medicação). Foram realizadas análises descritivas e qualitativas de fatores pertencentes à linguagem receptiva e expressiva e ao campo pragmático da linguagem como o contexto da observação, a interlocução presente em díades, a ocupação do espaço comunicativo e o uso de funções comunicativas. Os dados foram avaliados nos softwares EPI Info 7.1.3.0 e SPSS 18 e o nível de significância foi definido como ≤ 0,05. RESULTADOS: Os 2 grupos foram inicialmente homogêneos em termos da idade (p=0,914), linguagem receptiva (p=0,239) e expressiva (p=0,162) e totais de atos verbais (p=0,512), vocais (p=0,174) e gestuais (p=0,160). No ABFW (subitem pragmática) a interseção entre as variáveis independentes do total de atos vocais alcançou significância estatística (p= 0,007). Crianças menores de cinco anos com regressão do desenvolvimento mostraram escores significativamente mais altos em ambos os instrumentos de avaliação da linguagem. CONCLUSÕES: As crianças autistas responderam de maneira favorável à prednisolona, com aumento significativamente maior dos escores da linguagem de ambos os instrumentos em comparação com o grupo que recebeu placebo. |