A implantação de um banco de leite humano num hospital militar de grande porte:estratégias para gestores e profissionais de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Macedo, Cláudia da Silva Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27804
Resumo: O Banco de Leite humano constitui um serviço essencial para a população brasileira e há a necessidade de sua expansão através da implantação de novos Bancos de Leite Humano. O estudo tem como objetivo geral analisar os desafios e as estratégias para a implantação de um BLH por gestores e profissionais de saúde de um hospital militar. Desse modo, os objetivos específicos do estudo são: Identificar o perfil dos profissionais de saúde e dos recém-nascidos internados na unidade militar; conhecer a visão dos gestores e dos profissionais de saúde acerca da implantação de um BLH em um hospital militar; compreender os desafios encontrados para gestores e profissionais de saúde na implantação de um BLH e propor estratégias para implantação de um BLH em um hospital militar de grande porte. Trata-se de um estudo misto do tipo explanatório sequencial, com ocorrência em um Hospital militar de grande porte situado na cidade do Rio de Janeiro. Participaram da pesquisa quarenta e setes participantes, com quatorze gestores e trinta e três profissionais de saúde da área materno-infantil, das seguintes unidades (UTI Neonatal, Centro obstétrico, Alojamento Conjunto, UTI Pediátrica e Enfermaria de Pediatria) tendo os seguintes critérios de inclusão: maiores de dezoito anos de idade, que estavam atuando na área há mais de seis meses. Como critérios de exclusão foram adotados aqueles que se encontravam de licença médica ou em gozo de férias regulamentares no período previsto para a coleta de dados. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense, de acordo com o Parecer nº 4.927.254/2021 e CAAE 48608021.7.0000.5243 e Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Naval Marcílio Dias sob Parecer nº 4.988.084 e CAAE nº 48608021.7.3001.5256. O estudo utilizou entrevista semiestruturada, com perguntas abertas e fechadas e um formulário para a parte quantitativa. A coleta de dados ocorreu entre novembro de 2021 a janeiro de 2022 e teve uma duração de trinta e cinco minutos em média. Essa coleta ocorreu de forma presencial em local reservado, somente entre o depoente e a pesquisadora. Os dados foram transcritos na íntegra e a sucessão da organização e tratamento do material feita com base na análise quantitativa dos dados, onde foram realizados em forma de estatística descritiva e os dados qualitativos obtidos foram estudados, conforme a análise de conteúdo na modalidade temática. Os resultados do estudo subsidiam a ação do banco de leite com as suas atividades de promoção, proteção e apoio à amamentação. Os participantes compreendem o banco de leite e suas atividades, os objetivos e sua ação junto à unidade hospitalar, assim como os benefícios do leite materno além do valor nutricional, mas todo o aporte social, econômico e cultural que se expressa na amamentação e garante melhores cuidados a recém-nascidos internados. As atividades de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno garantem melhores indicadores neonatais e sobrevida dos recém-nascidos. Sobre a percepção quanto à implantação, profissionais e gestores têm a visão de que a unidade tem condições tanto de recursos financeiros, humanos e de infraestrutura para a implantação do banco de leite e que também seria um ganho para a unidade hospitalar e sua população a criação desse serviço especializado, apesar de alguns profissionais não terem esse entendimento. Existem, portanto, desafios a serem superados para o processo de implantação. Conclui-se que a implantação deste serviço irá subsidiar o cuidado para a mulher, criança e família, com melhores indicadores e produzindo ações para a qualidade e humanização da assistência.