Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Márcia Maria Benevenuto de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-12052017-114529/
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Resumo: |
O leite humano pasteurizado vem sendo apresentado como a alternativa mais eficaz para alimentar prematuros e também recém-nascidos cujas mães estejam com alguma dificuldade para amamentar. Para suprir essa demanda, aumentou significativamente a implantação de bancos de leite humano no Brasil e no mundo. O objetivo desta pesquisa foi conhecer as representações sociais sobre a doação de leite entre mulheres colaboradoras do banco de leite humano em um hospital universitário público. Os referenciais teórico e metodológico utilizados foram, respectivamente, a Teoria das Representações Sociais e a Análise de Conteúdo. Para os dados quantitativos, foi utilizada a análise estatística descritiva. Foram entrevistadas 30 mulheres cadastradas como doadoras no Banco de Leite Humano do Hospital Universitário de Londrina, no Paraná. A idade variou de 18 a 44 anos, a maioria teve seus filhos por cesariana, 96,7% estavam com o companheiro, 86,7% possuíam curso superior completo ou pós-graduação, 76,7% exerciam trabalho remunerado fora de casa, o maior volume de leite doado foi 88 litros, o tempo médio de doação foi 155 dias e o tempo médio de aleitamento materno foi de 371 dias. Das falas dessas mulheres emergiram quatro temas com suas respectivas categorias: A experiência de amamentar; O banco de leite humano: lugar de acolhimento e aprendizagem; A doação dá trabalho e exige compromisso e Ser doadora é compartilhar o que tem e ajudar a quem precisa. A gênese para uma mulher se tornar doadora é estar amamentando seu filho e esse processo, proveniente da sua vivência familiar, apresenta-se como tendo um lado bom e outro que exige desafios, mas ela percebe que seu leite é único, que sua produção é mais do que suficiente para seu filho, levando essa mulher a procurar o banco de leite para compartilhar esse alimento com outras crianças. O banco de leite se torna para ela um local de acolhimento, apoio e aprendizado e ela se torna divulgadora desse serviço. Também passa a conhecer as histórias de doação e constata que doar seu leite dá trabalho, mas o compromisso assumido supera tal dificuldade; o apoio da família é essencial e ela descobre a sua maneira de ordenhar esse leite. Expressa que sente muito orgulho por ser uma doadora e, ao se perceber nessa condição, as suas representações sociais vinculam-se à construção social da solidariedade e de um sentimento mais profundo do significado da maternidade, que lhes propicia o sentimento de ampliar, para além de seu filho, o sentir ser mãe de muitos, em que compartilhar o que tem e ajudar a quem precisa resulta na sensação de ver mulptiplicado o papel materno e conhcer que doar vale a pena. Os elementos aqui identificados oferecem subsídios importantes para a condução de campanhas e projetos de melhoria de adesão de doadoras nos trabalhos dos Bancos de Leite Humano. |