A educação a distância em arquivo virtual: dizeres sobre a EAD a partir da análise do discurso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santos, Roberta Kerr dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/10128
Resumo: A presente pesquisa busca analisar discursos sobre a Educação a Distância (EAD) presentes em publicações digitais a partir dos pressupostos teóricos e metodológicos da Análise de Discurso, em especial aos conceitos propostos por Michel Pêcheux e desenvolvidos no Brasil por Eni Orlandi. Para isso, toma-se o discurso enquanto “efeito de sentidos” entre interlocutores (PÊCHEUX, 2010c), como objeto sócio-histórico atravessado pelo “já-dito”, pelos dizeres em circulação que compõem a memória discursiva. Na composição do corpus, foram constituídas sequências discursivas de textos com circulação na mídia publicados virtualmente no período de 2005 a 2010, na seção Clipping do site da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), importante instituição de pesquisa e divulgação da EAD no Brasil. No corpus discursivo, analisam-se as regularidades desses dizeres dispostos na rede eletrônica, bem como os seus deslizamentos de sentidos com foco nos efeitos de sentidos que se constituem para a Educação a Distância no cenário nacional na atualidade. O interesse pelo discurso sobre a EAD no Brasl deve-se, principalmente, ao crescimento que essa modalidade de ensino vem alcançando, agregando cada vez um maior número de instituições públicas e privadas nos mais diferentes níveis de ensino. Segundo a ABED, o número de alunos não presenciais no Brasil em 2012 era de aproximadamente dois milhões, crescendo cerca de 40% ao ano. Por isso, através das materialidades linguísticas das publicações virtuais, compostas por reportagens, entrevistas e notícias em versão digital, busca-se perceber como se constroem esses sentidos que se inscrevem em outros dizeres em curso. Nesse percurso, de uma memória em movimento, indagações se instauram para entender o jogo interpretativo que se constitui nos diferentes domínios do interdiscurso: O que pode e o que deve ser dito sobre a EAD no Brasil na atualidade? De que modo os discursos “mercadológicos” e “educacionais” – de democratização do ensino – contribuem para deslizamentos de sentidos outros? Em tal busca, considera-se, nas sequências discursivas analisadas, a ocorrência de apagamentos e contradições na rede de sentidos, observadas à luz da Análise de Discurso e a partir da historicidade da Educação a Distância. Afinal, conforme preceituava Pêcheux: “todo discurso é o índice potencial de uma agitação das filiações sócio-históricas de identificação” (p. 56, 2012).