Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Macedo, Giovanni Raimundo de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/33641
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Resumo: |
O trabalho tem por objetivo compreender as condições que levaram a distribuição/divisão geográfica dos votos na eleição presidencial de 2006, aqui designada por “efeito regional distintivo”. Com esse intuito, a pesquisa fundamenta-se na distinção teórica e metodológica entre duas políticas e duas geografias presentes no processo eleitoral das democracias das sociedades capitalistas: i) a política/geografia do apoio - aspecto mais visível do processo eleitoral, materializado pelas ações e estratégias dos partidos na cena política; ii) a política/geografia do poder, cujas origens remontam ao processo de acumulação do capital e ao conflito entre as classes e frações da classe dominante para influenciar/direcionar as políticas do Estado. Neste sentido, procuramos mostrar que o efeito regional distintivo na eleição de 2006, compreendido pela concentração de votos de Luís Inácio Lula da Silva (PT) na porção Norte-Nordeste-Leste do Brasil e pela maior proporção dos votos de Geraldo Alckmin (PSDB) na porção Centro-Sul-Oeste do território, não foi resultado apenas das políticas sociais e/ou “escândalos de corrupção” ocorridos durante o governo Lula (2003-2006), como comumente foi descrito pela literatura especializada. Estas análises comportam uma parte importante do processo eleitoral, mas apenas uma das suas faces: a política/geografia do apoio, de modo geral, a política que visa legitimar o Estado democrático capitalista. Sendo que, a geografia do poder (a política para a acumulação), prioridade do Estado capitalista, normalmente é ignorada. A pesquisa busca sustentar por meio da análise dos conflitos entre as frações da classe dominante e da dimensão territorial proveniente do conflito centro-periferia, a razão concreta para a construção do efeito regional distintivo. Defendemos (essa é nossa hipótese) que no Norte-Nordeste-Leste estabeleceu-se uma política congruente entre acumulação-legitimação, conformando uma cena política favorável ao partido incumbente nas eleições presidenciais. Algo oposto da porção Centro-Sul-Oeste, pois, em certa medida, ocorreu um deslocamento desta congruência. A análise explora mapas e resultados eleitorais, mas fundamenta-se na leitura e interpretação dos processos sociopolíticos e econômicos através de dados secundários, coletados sociopolíticos e econômicos através de dados secundários, coletados em trabalhos acadêmicos, periódicos, órgãos oficiais do governo e institutos de pesquisas. |