Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Lago, Edith Lúcia Mendes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/30938
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Resumo: |
Esta Pesquisa está inscrita na linha de pesquisa O Cuidado em seu Contexto Sociocultural do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Cuidado em Saúde, da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense. O Brasil possui uma série histórica de políticas voltadas para o parto e o nascimento, que se desenham como diretrizes orientadas para alcançar todo o país, centradas em vários critérios, entre eles, os epidemiológicos, como: taxa de mortalidade infantil, razão de mortalidade materna e densidade populacional, entre outros. Contudo, a atenção ao binômio mãe-bebê continua sendo um tema importante a ser explorado, sobretudo no que tange às formas de cuidado que são engendradas quer seja pela equipe de saúde, quer pelas próprias gestantes. Neste estudo, buscamos compreender as redes vivas forjadas pelas gestantes para cuidarem de si. Neste material, empregamos o conceito de Rede Viva, do autor Emerson Merhy, para expressar o modo de produção que as gestantes estabelecem como forma de existência, nos diferentes contextos: com a família, com o meio social, com a equipe de saúde e nos múltiplos encontros que ela vai construindo durante a gravidez, na busca da produção do cuidado em saúde. Nesse sentido, optamos por uma pesquisa qualitativa, inspirada no referencial teórico-metodológico da Análise Institucional. Como técnica de produção de dados, empregamos na investigação de campo a entrevista semiestruturada e o diário de campo na perspectiva da Análise Institucional. O cenário do estudo foi uma Unidade Básica de Saúde, localizada em um município do estado do Rio de Janeiro, que oferece atendimento pré-natal de risco habitual às usuárias cadastradas no serviço. As participantes da pesquisa foram gestantes atendidas na referida unidade e profissionais de saúde que realizam os cuidados às gestantes durante o acompanhamento pré-natal. Os dados, após o término da coleta, foram transcritos e organizados, de modo a possibilitar o cruzamento entre os dados coletados durante as entrevistas e as anotações do diário institucional da pesquisadora. A análise foi realizada em duas etapas: a primeira, de leitura do material com a aproximação de temas e assuntos que se atravessavam e produziam sentido no contexto do cuidado; a segunda, de leitura desses agrupamentos, produzindo um segundo atravessamento com alguns conceitos da Análise Institucional, como: Implicação e Analisador. A produção da análise nos conduziu a uma rede em que a maternagem exercida no contexto da pandemia da covid-19 adquiriu contornos muito específicos, como o uso de aplicativos para acompanhamento da gravidez, o uso intenso de conversas pela internet por meio de aplicativos com a enfermeira da Unidade. Outra indicação da análise diz sobre os modos de andar a vida e a Rede Viva que a gestante tece para si mesma, que são percebidos muito timidamente pelos profissionais do serviço, mas não chegam a provocar alterações substanciais nos protocolos empregados pelos serviços para produzir o atendimento à gestante. |