Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Vieira, Fernanda Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/11055
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Resumo: |
A frutose é o monossacarídeo comumente encontrado em mel, frutas e vegetais e também é bastante usado em edulcorantes e xarope de milho e seu consumo aumentou drasticamente nos últimos anos. Pesquisas sugerem que a elevada ingestão da frutose exerce forte associação com os níveis séricos de ácido úrico e piora do prognóstico da doença renal crônica (DRC). O objetivo do presente estudo foi verificar se pacientes renais crônicos em tratamento conservador apresentam elevada ingestão de frutose e se esta exerce influência sobre os níveis de ácido úrico e inflamação nesses pacientes. Cinquenta e dois pacientes com DRC em tratamento conservador (64,2 ± 9,6 anos, 24 homens, taxa de filtração glomerular - TFG de 30,5 ± 10,3mL/min, índice de massa corporal - IMC - de 27,3 ± 4,4kg/m2) em estágios 3-5, foram divididos em dois grupos: 1. elevada ingestão de frutose (> 50 g/dia, N=29, 16 homens, 61,7 ± 9,3 anos) e 2. reduzida ingestão de frutose (< 50 g/dia, N=23, 8 homens, 65,8 ± 9,7 anos). Amostras de sangue foram coletadas para determinar os níveis plasmáticos de ácido úrico, glicose, marcadores inflamatórios (interleucina-6 - IL- 6, fator de necrose tumoral-alfa - TNF-α, proteína C-reativa - PCR) e cardiovasculares (proteína quimiotática de monócitos-1 -MCP-1 e moléculas de adesão solúveis (molécula de adesão intercelular-1 - ICAM-1 e molécula de adesão vascular-1 - VCAM-1), além do perfil lipídico. A ingestão de energia e proteína foi estimada através de recordatório de 24 horas de 3 dias e a ingestão de frutose foi estimada através de questionário de frequência alimentar semi-quantitativo. Os níveis médios de ácido úrico foram de 7,7 ± 1,3 mg/dL nos pacientes com elevada ingestão de frutose e 6,2 ± 1,6mg/dL nos pacientes com reduzida ingestão de frutose (p<0,05) e a ingestão de frutose foi positivamente associada com níveis plasmáticos de ácido úrico (r = 0,38, p<0,007) após ajustes para IMC, ingestão de energia e proteína, perfil lipídico e concentração de moléculas de adesão (ICAM-1 e VCAM-1) e MCP- 1. Em conclusão, a ingestão de frutose foi positivamente associada aos níveis plasmáticos de ácido úrico nos pacientes com DRC em tratamento conservador. Sendo assim, estes resultados apoiam o papel potencial da frutose sobre a hiperuricemia destes pacientes |