Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Costa, Juliana Carneiro da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/7664
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Resumo: |
O turismo entendido como fenômeno socioespacial (re)produz e consume o espaço apropriado através de seus agentes sociais, tornando-os territórios turísticos. Ao levarmos em consideração as interrelações dos agentes do fenômeno do turismo, presenciamos um espaço marcado pelas multiterritorialidades, ou seja, uma rede complexa de relações ocasionada pelos territórios sobrepostos no espaço. Por isso, o fenômeno deve ser observado para além das ações exclusivas dos turistas, uma vez que os outros agentes também (re)produzem o espaço, incluindo os trabalhadores. Nesse sentido, assumimos que eles fazem parte do fenômeno do turismo e não é somente um agente que compõe essa atividade econômica. No entanto, os trabalhadores ainda não estão em foco nos debates e pesquisas, e muito menos, incluídos em ações efetivas do poder público. Para isso, este trabalho busca discorrer sobre o uso territorial dos trabalhadores do turismo de Arraial do Cabo (RJ), na figura dos trabalhadores da hotelaria, tendo em vista a realidade multiterritorial e complexa na dimensão do fenômeno do turismo. Considerando as problematizações intrínsecas ao conceito de território, percebemos que o caráter abrangente e rico da multiterritorialidade nos permite observar o fenômeno do turismo a partir dos fluxos, mobilidades e seus processos de transterritorialização, levando em consideração os usos territoriais a partir das dimensões funcionais e simbólicas. A metodologia, de caráter qualitativo, consiste na aplicação de questionários semiestruturados pela técnica de entrevistas em sondagens, com base nas discussões sobre as orientações teórico-metodológicas de Baptista (2014) e Morin (2005). Nesse cenário, os fluxos dos trabalhadores do turismo de Arraial do Cabo não se restringem somente aos movimentos pendulares diários, de ida e de volta do trabalho, mas em todos os seus tipos de mobilidades, incluindo os territórios de lazer. A análise dos resultados nos permitiu observar que a mobilidade dos trabalhadores moradores de Arraial do Cabo se mostra restrita, uma vez que a oferta de lazer para esse grupo é escassa, limitando as articulações e mobilidades dos trabalhadores (moradores), em uma multiterritorialidade mais funcional do que simbólica articulada em um tipo de bolha. Ademais, as discussões sobre os processos de transterritorialidade foram fundamentais, mais especificamente para entender as trocas culturais e simbólicas entre os trabalhadores e o turista, a mobilidade de papéis de um mesmo indivíduo, a tríade territórios de trabalho, lazer e domicílio e para entender para além do fenômeno do turismo a partir da atuação de seus trabalhadores em atividade laborais concomitantes |