Plataformas digitais de mobilidade e desigualdade: o caso dos serviços de aluguel de bicicletas compartilhadas na cidade do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lopes, Belchior Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/32661
Resumo: Nos últimos anos, assistimos a um vertiginoso crescimento de serviços intermediados por tecnologias digitais, com destaque às plataformas digitais (aplicativos digitais) que se popularizaram junto aos aparelhos de smartphones. Dentre a diversa gama de aplicações estimuladas por essas tecnologias, podemos destacar os modelos de serviços por demanda, aos exemplos, dos aluguéis por temporada (“Airbnb”), as corridas de aplicativo (“Uber”, “99taxi”), ou os serviços de entrega de delivery (“ifood”, “happy”), entre outras atividades comerciais, que recorrem a ciência de dados para otimizar a operação de serviços tradicionais, desenvolvendo novas formas de coordenar esses processos produtivos. Um dos mercados em que os serviços por demanda via plataformas digitais têm crescido massivamente no Brasil, diz respeito aos serviços de mobilidade por aplicativos digitais. Esses aplicativos introduzem novos métodos de promover deslocamentos urbanos, seja de pessoas ou objetos, e são apoiados por ferramentas digitais que permitem a digitalização dos processos e a articulação de grande quantidade de dados georreferenciados, ou seja, viabilizam a criação de redes digitais com capacidade para coordenar simultaneamente, e em tempo real, informações de usuários, objetos e recursos físicos referenciados no espaço geográfico. Pesquisadores têm discutido como essas rápidas transformações podem estar alterando os padrões de convívio social e a dinâmica distributiva da geografia urbana, o que se torna um desafio para o poder público mediar conflitos em processos com rápidas transformações e ainda sem normatizações específicas. Considerando que a mobilidade é um recurso essencial para o funcionamento das cidades e para o acesso as oportunidades urbanas, discutiremos a questão dos serviços de mobilidade por plataformas digitais relacionando-o com aspectos importantes da gestão da cidade e sobre o papel da mobilidade urbana enquanto ferramenta essencial para o desenvolvimento social em cidades brasileiras. Para tanto, vamos nos aprofundar como estudo de caso no exemplo do sistema de bicicletas compartilhadas da cidade do Rio de Janeiro, onde esses serviços já estão popularizados, em um contexto urbano marcado por complexos conflitos de ordem socioterritoriais, o que pode nos dar margem para trazer ao debate da mobilidade e da desigualdade, em um cenário de cidades cada vez mais hibridas e midiáticas