Análise da associação entre assistência às urgências e indicadores de saúde na população idosa de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Luz, Carlos de Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9268
Resumo: O crescimento da população idosa tem acarretado profundas transformações no perfil epidemiológico e de demanda aos serviços de saúde, que são únicas devido à sua heterogeneidade, o que torna a formulação de políticas públicas para este segmento da população um desafio. Neste cenário de mudanças, a implementação de sistemas de atenção a urgências é uma necessidade reconhecida globalmente. No Brasil, a ideia subjacente à implementação da Política Nacional de Atendimento às Urgências (PNAU) é a indução da reorganização do sistema de saúde como um todo. O objetivo deste estudo foi analisar os indicadores de saúde na população idosa relacionados à PNAU, com foco no componente móvel da PNAU, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), em municípios de duas macrorregiões de saúde do Estado de Minas Gerais. O estudo seguiu um desenho ecológico, com delineamento longitudinal. A análise dos dados foi realizada por um conjunto de modelos de regressão multinível. Os modelos foram executados em dois níveis: anos (primeiro nível) e município (segundo nível). As taxas de mortalidade e internação por Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) foram consideradas as variáveis dependentes e os indicadores de assistência da PNAU, as variáveis independentes. Os indicadores de saúde foram analisados para os anos de 2001 a 2004 (anterior à implementação do SAMU) e de 2005 a 2007 (posterior à implementação do SAMU). Encontrou-se associação estatisticamente significativa entre os indicadores da cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF) e a presença do SAMU com os indicadores de mortalidade por AVC e IAM, para ambos os sexos. Em relação às taxas de internação, o efeito mais consistente foi identificado para o IAM feminino. A heterogeneidade dos resultados aponta para uma fase incipiente da PNAU, que não permite a observação de efeitos evidentes, o que também pode sugerir que esta Política não tem sido capaz de atingir suas metas em relação aos idosos. A continuidade dos processos de avaliação da PNAU é essencial para o estabelecimento de estratégias que aprimorem sua efetividade