A produção do discurso imagético nos planos estratégicos da cidade do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pereira, Ives da Silva Duque
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/10684
Resumo: A presente pesquisa objetivou analisar as imagens fotográficas presentes nos três últimos Planos Estratégicos da cidade do Rio de Janeiro. A partir do entendimento do planejamento urbano no Brasil, com raízes modernistas, se iniciando no final do século XIX e início do século XX, o presente trabalho contextualiza a implementação do planejamento estratégico como uma importante ferramenta de gestão do espaço urbano no século XXI. Tendo como modelo a cidade de Barcelona, o Rio de Janeiro passa a planejar por metas as ações que irão interferir na sua espacialidade de maneira a produzir uma cidade-produto cujo objetivo é atrair investimentos de diversas ordens. Tal Plano precisa ser legitimado pelos diversos atores envolvidos, incluindo seus cidadãos, e o marketing se torna ferramenta que possibilita propagar imagens-sínteses da cidade. As imagens analisadas nos Planos Estratégicos permitem concluir que se trata de um reforço argumentativo que compõe um discurso legitimador das ações no espaço da cidade. O Rio é apresentado por imagens-sínteses que não refletem a totalidade do município podendo levar ao falso entendimento de que as ações positivas projetadas no Plano abarcariam a totalidade da cidade. O que se percebe é uma construção discursiva, pelas imagens fotográficas, de uma cidade pelas suas partes, em que o real interesse seria o de promover espaços específicos cujo o valor é estabelecido pelo interesse dos investimentos privados