Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Silva, Juliana do Nascimento |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/37734
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Resumo: |
As ações afirmativas trouxeram modificações importantes no cenário das universidades brasileiras, o que propiciou que a questão racial ganhasse corpo nas discussões dentro da academia e evidenciasse os aspectos do racismo institucional. Desta forma, o presente trabalho visa trazer uma narrativa sobre o processo de inserção dos alunos cotistas no Instituto de Psicologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) em Niterói e as efervescências geradas nesse processo, que culminou no favorecimento de uma produção racializada para se pensar o saber Psi e movimentos que questionam e questionaram as relações de poder, partindo do olhar de uma negra mulher, para si e para o seu entorno. Para tal, é construído um diálogo que hora traz aspectos individuais, hora constrói uma narrativa coletiva, onde se desenvolve uma escrita que relata acontecimentos históricos e institucionais importantes, como a aprovação das ações afirmativas na pós graduação em Psicologia, e o surgimento e construção do movimento Semana de Psicologia Preta e Indígena. A metodologia empregada é a escrevivência, conceito nomeado pela negra autora Conceição Evaristo, que trata sobre um registrar, observar e absorver sobre a vida a partir da escrita dos considerados grupos excluídos. Entendemos que o Brasil é um país multirracial, que foi construído em cima de um processo de escravização de corpos considerados inumanos (indígenas e negros) e com o fim da escravização, não criou nenhuma forma real de reparação, perpetuando ao longo dos anos uma posição marginalizada e atravessada por mecanismos de violência, que ganharam nova roupagem no período pós escravização. Neste contexto, as cotas raciais trazem a esperança de um caminhar para um processo de libertação e inclusão socioeconômica cultural. Todavia, esse encontro com uma organização fechada como a academia, que se baseia em conhecimentos etnocêntricos para se pensar os sujeitos e sua organização, causa tensões que evidenciam as relações racistas, mas provocam furos e rachaduras nesse Sistema. |