Percepção de mulheres em relação à assistência em maternidade pública de Marechal Hermes: um estudo fenomenológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Carneiro, Eliane Cristina da Silva Pinto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26259
Resumo: Problema: A gestação é fase ímpar na vida de uma mulher, correspondendo ao período que antecede o parto. A insatisfação por parte de gestantes, em relação à assistência ao parto em instituições de saúde públicas e privadas e ações compondo a denominada violência obstétrica no atendimento às gestantes culminaram na lei que em 2003 institui a Política Nacional de Humanização. Não obstante a regulamentação pertinente que garante o direito de dar à luz de forma digna, ainda merece melhora a assistência às gestantes no momento do parto, tanto em termos institucionais quanto profissionais. Embora a Política de Humanização já se tenha implementado nas maternidades públicas cariocas e haja vista o sucesso de políticas, entre as quais a Cegonha Carioca, nota-se ainda descontentamento relativo ao tratamento dispensado às parturientes e neste espaço se enfatiza o Sistema Único de Saúde. Objetivo Geral: compreender a percepção de puérperas que deram à luz na maternidade municipal Alexsander Fleming localizada em Marechal Hermes, bairro da zona norte do município do Rio de Janeiro/RJ, em relação à assistência recebida durante o parto. Objetivo Específico: Descrever como as gestantes vivenciaram a dor do parto; caracterizar o perfil das gestantes usuárias do SUS; confecção de aplicativo para computadores e notebooks que facilitem o atendimento da puérpera ainda internada na maternidade e disponibilização na Plataforma Educapes de vídeo popularizando a ciência em referência ao presente estudo. Método: A pesquisa foi qualitativa fenomenológica e, portanto, realizaram-se entrevistas fenomenológicas com vinte e cinco puérperas, internadas na maternidade Alexsander Fleming, que viveram a experiência do parto normal ou cesáreo. Resultados: Os dados foram assim classificados: o desenho da existência na subjetividade da mulher, o mundo da vida, incorporando o acesso ou não a saúde suplementar da rede privada e a temporalidade na biografia existencial. As participantes mostraram-se, assim, satisfeitas com a assistência profissional e institucional prestadas quase sempre, exibindo em concomitância sua subjetividade, resultante de sua biografia existencial no mundo vivido. O estudo tem também como relevância trazer à baila a reflexão dos diversos profissionais envolvidos no cuidado à gestante e puérpera, no que tange à cotidianidade de suas ações. Colocam as participantes nos desenhos confeccionados, em relação à vivência do parto, de forma implícita ou não, o amor incondicional necessário em momento de tanta dor ou paciência, quando alegam “não quero nunca mais viver esta dor, mas fico feliz em ter meu filho”. Conclusão: A tese que se defende é que a mulher parturiente percebe a assistência na maternidade Alexsander Fleming, através do corpo vivido que intercambia com o mundo da vida, a partir de sua temporalidade.