Vivência e formação do estudante médico frente ao parto em maternidade mageense: um aplicativo para humanização do parto e anamnese

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Carneiro, Eliane Cristina da Silva Pinto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9734
Resumo: Problema: a humanização do parto no ser humano hoje se impõe na realidade do aprendizado prático em Obstetrícia por parte de estudantes de Medicina. Estes ainda vivenciam o mecanicismo do aprendizado, a despeito da política de humanização no Sistema Único de Saúde brasileiro. Averígua-se que a referida política e seu ensino a médicos de tenra formação ainda se faz incompleta, com implementação prioritária nas grandes capitais. Em concomitância, o ensino prático em hospitais parece não acompanhar a tecnologia pedagógica, ainda que o uso de recursos de tecnologia da informação já se faça presente há tanto tempo nas salas de aula. Acrescentam-se à problemática questões inerentes ao cenário proposto: Magé, cidade da região metropolitana do estado do Rio de Janeiro, onde é desconfortável ainda a estrutura para parturição humanizada de gestantes carentes do Sistema Único de Saúde. A influência negativa na assimilação de conteúdos práticos na disciplina Obstetrícia por estudantes de Medicina pode, por conseguinte, se destacar, impactando na atuação profissional do futuro médico. Objetivo geral: captar a percepção dos estudantes de Medicina em relação à parturição vaginal no Sistema Único de Saúde com foco na pedagogicidade e humanização de sua práxis. Método: o referencial teórico filosófico teve embasamento em Maurice Merleau-Ponty. Trata-se de estudo qualitativo em que, por meio de entrevista aberta apoiada na fenomenologia com estudantes de Medicina, foi possível analisar sua vivência em relação ao aprendizado do parto humanizado. Resultados: a entrevista fenomenológica realizada ilustra a limitação em relação ao conhecimento do que é à humanização por parte dos estudantes de Medicina, que citam a necessidade de infraestrutura local, bem como o posicionamento adequado da parturiente, as bolas de fisioterapia, o banho e a necessidade do acompanhante durante o parto humanizado. Os estudantes avaliam a qualidade de aprendizado do parto normal no referido estabelecimento de saúde como satisfatória, entretanto, identificam a dificuldade de se colocar em prática a humanização diante da alta demanda de atendimentos. Com os dados aqui expostos, após entrevista fenomenológica, subdividiram-se os dados em duas categorias: aprendizado bom ou ruim na maternidade de Piabetá e compreensão ou sua ausência relativa à humanização do parto. Conclusão: depreende-se que a melhora do ensino médico prático em Obstetrícia nos hospitais do Sistema Único de Saúde, como o de Piabetá, deve envolver não somente conhecimento teórico, como também a humanização do parto e a compreensão do contexto sociocultural da parturiente. O emprego de tecnologias pedagógicas, sobretudo a partir do uso de aplicativos destinados a smartphones, norteando a anamnese em Obstetrícia, e do manual com instruções acerca do parto humanizado, como produtos deste mestrado, pode adequar o aprendizado médico à celeridade que se impõe na maternidade, em função da sobrecarga de trabalho. O aplicativo criado impacta também no desenvolvimento do raciocínio clínico do estudante médico, como também alerta-o para a importância de uma formação humanizada