Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Andreão, Gustavo Onofre |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/34668
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Resumo: |
Projetos de infraestrutura, em relação à sua construção, possuem dois períodos principais: após o término das obras os projetos possuem fluxo de caixa; porém, este pode não estar presente antes das obras estarem concluídas. Assim, cada período requer diferentes mecanismos para maximizar a receita: em relação ao fluxo de caixa (após o término das obras); em relação ao financiamento (antes do término das obras). Projetos de energia podem ser considerados projetos de infraestrutura, justificando o uso de tais mecanismos. Desde o início do milênio, o Brasil promove as novas renováveis: primeiro biomassa e eólica, e a partir dos anos 2010's solar fotovoltaica (FV) centralizada. O arcabouço institucional de incentivo às fontes renováveis no país consiste em: leilões de capacidade para assegurar o fluxo de caixa no longo prazo; e financiamento público via BNDES desses projetos. Apesar de um número significativo de usinas solares contratadas, a maioria ainda está por começar suas obras e possui um cronograma de obras atrasado em relação ao esperado. O mecanismo de financiamento público do BNDES é a principal causa para tal situação, devido ao uso de um mecanismo similar ao anteriormente usado com sucesso na geração eólica. Ambos mecanismos utilizam requerimentos de conteúdo local mínimo como critério de autorização para uso dos fundos do BNDES. Essa escolha levou à requerimentos irrealmente altos para as firmas, penalizando-as. Demonstra-se que o uso indistinto de mecanismos de incentivo entre fontes diferentes pode levar à desincentivos. Através do quadro analítico Institutional Analysis and Development de Ostrom e da teoria das capacitações dinâmicas de Teece, Pisano e Shuen, se desenvolve e se analisa um modelo baseado em agentes. Das simulações se extrai as possiblidades de adaptação co-evolutionária entre capacitações das firmas e o critério de avaliação do BNDES. Concluí-se que existe um trade-off em relação à responsividade do BNDES: um BNDES não-responsivo leva à não-expansão da fonte, enquanto que um BNDES responsivo demais leva à não-internalização da fonte. Ademais, adaptabilidade é também uma característica importante para o BNDES. Todavia, mais tempo é necessário para que as firmas envolvidas possam desenvolver suas capacitações para que possa ocorrer de fato à internalização da cadeia industrial de solar FV no Brasil. Potanto, revisões de política se fazem necessária, envolvendo mudanças de métodos, mecanismos e objetivos em relação aos curto e longo-prazos. |