Aleitamento cruzado: prevalência e fatores associados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Seehausen, Mariana Pujól von
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8700
Resumo: O aleitamento cruzado, prática na qual a criança é amamentada por nutriz que não a sua mãe, é culturalmente aceito no Brasil, embora contraindicado pelo Ministério da Saúde. Este trabalho teve por objetivo estimar a prevalência do aleitamento cruzado e analisar os fatores associados à prática. O primeiro artigo baseou-se em estudo transversal conduzido em 2013 mediante entrevista com amostra representativa de mães de crianças <1 ano (n=695) em nove unidades básicas do Rio de Janeiro/RJ. Razões de prevalência ajustadas foram obtidas por regressão de Poisson com variância robusta. O aleitamento cruzado foi praticado por 29,4% das mães. Associaram-se diretamente à prática: adolescência (RP=1,595), tabagismo (RP=1,396), consumo de bebida alcoólica (RP=1,613), regime inadequado de alimentação do bebê (RP=1,371) e a idade do bebê em meses (RP=1,066), enquanto o trabalho materno formal associou-se inversamente (RP=0,579). O segundo artigo baseou-se em estudo transversal aninhado a uma coorte de gestantes recrutadas entre 2008 e 2010 em cinco unidades públicas de saúde com atendimento pré-natal em duas cidades de médio porte do Estado do Rio de Janeiro: da região metropolitana - “RME” e da região serrana -“SER”. O aleitamento cruzado foi praticado por 43,4% das mães da RME e por 34,5% das mães da SER. O baixo nível socioeconômico associou-se diretamente à prática nas duas cidades. Na SER, adolescência e ter realizado menos de seis consultas pré-natais associaram-se diretamente ao aleitamento cruzado e ter escolaridade igual ou superior ao ensino fundamental completo, inversamente. Na RME, além do nível socioeconômico, apenas a multiparidade se associou (inversamente) ao desfecho. Conclui-se que o aleitamento cruzado teve prevalência relevante em diferentes cenários do Estado do Rio de Janeiro e foi mais praticado por populações mais vulneráveis